FHC é arrolado como testemunha de defesa em ação penal contra Lula
O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso será uma das testemunhas de defesa da ação que corre contra Lula, na Operação Lava Jato. O tucano foi arrolado pelos advogados do presidente do Instituto Lula, Paulo Okamotto, que é investigado por crime de lavagem de dinheiro.
Okamotto é apontado como responsável pelo transporte e pela conservação do acervo presidencial do petista após a saída dele de Brasília.
Segundo o Ministério Público Federal, o serviço foi pago pela empreiteira OAS e o dinheiro veio de propina. O negócio teria relação com as reformas realizadas em um apartamento no condomínio Solaris, no Guarujá, no litoral de São Paulo.
A estratégia de Okamotto com a convocação de FHC é mostrar que outros ex-ocupantes do Palácio do Planalto também estiveram nas mesmas condições.
A defesa sustenta que o tucano pediu doações do próprio instituto para manutenção do acervo e comparam a situação dele à de Lula.
O advogado de Lula, Cristiano Zanin Martins, afirmou que a força-tarefa da Lava Jato faz acusações infundadas e disse que nenhuma relação entre o petista e o apartamento do Guarujá foi comprovada. “Nenhuma das testemunhas arroladas pelo MP até o momento falou qualquer ato ilícito praticado pelo ex-presidente Lula. São feitas acusações sem materialidade apenas para gerar suspeita difusa”, explicou.
O advogado de Lula, Cristiano Zanin Martins, sustentou que a Operação Lava Jato estaria manipulando o sistema jurídico para perseguir um inimigo político.
O depoimento de Fernando Henrique Cardoso será concedido por videoconferência, no próximo dia 9 de fevereiro.
Até março, também serão ouvidos na ação, o ex-presidente José Sarney, o senador Romero Jucá e o ministro da Fazenda Henrique Meirelles.
*Informações do repórter Vitor Brown
Comentários
Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.