FHC é arrolado como testemunha de defesa em ação penal contra Lula

  • Por Jovem Pan
  • 07/12/2016 07h55
O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso participa de debate sobre Reformas da política global sobre drogas: impactos na América Latin, organizado pela Open Society Foundations (Tânia Rêgo/Agência Brasil) Tânia Rêgo/Agência Brasil Fernando Henrique Cardoso - Ag Brasil

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso será uma das testemunhas de defesa da ação que corre contra Lula, na Operação Lava Jato. O tucano foi arrolado pelos advogados do presidente do Instituto Lula, Paulo Okamotto, que é investigado por crime de lavagem de dinheiro.

Okamotto é apontado como responsável pelo transporte e pela conservação do acervo presidencial do petista após a saída dele de Brasília.

Segundo o Ministério Público Federal, o serviço foi pago pela empreiteira OAS e o dinheiro veio de propina. O negócio teria relação com as reformas realizadas em um apartamento no condomínio Solaris, no Guarujá, no litoral de São Paulo.

A estratégia de Okamotto com a convocação de FHC é mostrar que outros ex-ocupantes do Palácio do Planalto também estiveram nas mesmas condições.

A defesa sustenta que o tucano pediu doações do próprio instituto para manutenção do acervo e comparam a situação dele à de Lula.

O advogado de Lula, Cristiano Zanin Martins, afirmou que a força-tarefa da Lava Jato faz acusações infundadas e disse que nenhuma relação entre o petista e o apartamento do Guarujá foi comprovada. “Nenhuma das testemunhas arroladas pelo MP até o momento falou qualquer ato ilícito praticado pelo ex-presidente Lula. São feitas acusações sem materialidade apenas para gerar suspeita difusa”, explicou.

O advogado de Lula, Cristiano Zanin Martins, sustentou que a Operação Lava Jato estaria manipulando o sistema jurídico para perseguir um inimigo político.

O depoimento de Fernando Henrique Cardoso será concedido por videoconferência, no próximo dia 9 de fevereiro.

Até março, também serão ouvidos na ação, o ex-presidente José Sarney, o senador Romero Jucá e o ministro da Fazenda Henrique Meirelles.

*Informações do repórter Vitor Brown

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