Fila de transplante de órgãos passa de 33 mil pacientes por falta de doadores
Mais de 33 mil pacientes estão esperando para receber um órgão, no Brasil, apesar da boa estrutura oferecida pelo País, que conta, hoje, com o segundo melhor programa de transplantes do mundo.
A fila no primeiro semestre de 2016 aumentou na comparação com o mesmo período do ano passado, quando 32 mil pessoas aguardavam as doações.
As informações são de um relatório, divulgado pela a Associação Brasileira de Transplantes.
Entre janeiro e junho, apenas 29% dos órgãos que poderiam ser utilizados nestas cirurgias tiveram a retirada autorizada por familiares dos possíveis doadores.
Para o doutor José Lima, coordenador de Remoção de Órgãos da Associação Brasileira de Transplantes, a rejeição dos parentes de vítimas de morte cerebral ainda é o principal obstáculo para a redução da fila de espera.
“A despeito de nós termos o segundo maior programa d etransplantes do munod, o maior programa público do mundo, deveríamos estar fazendo mais transplantes. temos condições e temos sobras de potenciais doadores. Temos pessoas morrendo nas filas todos os dias e do outro lado, jogamos órgãos d epotenciais doadores”, lamentou.
José Lima acrecentou ainda que o doador é o ponto de partida da cadeia de transplantes e lembrou que a discussão com familiares deve ser feita ainda em vida. Em muitos casos, o debate entre os parentes é feito horas após o falecimento, fazendo com que o tempo de tolerância do órgão fora do corpo seja extrapolado.
O levantamento também destaca o alto índice de mortalidade da fila de espera. Desde o começo do ano, 267 brasileiros passaram a esperar por um coração, um dos órgãos mais aguardados, mas entre estas pesssoas, 87 já morreram. Isso significa que 40% dos pacientes que entraram na fila não sobreviveram.
*Informações do repórter Victor Brown
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