Fila de transplante de órgãos passa de 33 mil pacientes por falta de doadores

  • Por Jovem Pan
  • 23/08/2016 09h15
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Rogério Santana/GERJ Transplante

Mais de 33 mil pacientes estão esperando para receber um órgão, no Brasil, apesar da boa estrutura oferecida pelo País, que conta, hoje, com o segundo melhor programa de transplantes do mundo.

A fila no primeiro semestre de 2016 aumentou na comparação com o mesmo período do ano passado, quando 32 mil pessoas aguardavam as doações.

As informações são de um relatório, divulgado pela a Associação Brasileira de Transplantes.

Entre janeiro e junho, apenas 29% dos órgãos que poderiam ser utilizados nestas cirurgias tiveram a retirada autorizada por familiares dos possíveis doadores.

Para o doutor José Lima, coordenador de Remoção de Órgãos da Associação Brasileira de Transplantes, a rejeição dos parentes de vítimas de morte cerebral ainda é o principal obstáculo para a redução da fila de espera.

“A despeito de nós termos o segundo maior programa d etransplantes do munod, o maior programa público do mundo, deveríamos estar fazendo mais transplantes. temos condições e temos sobras de potenciais doadores. Temos pessoas morrendo nas filas todos os dias e do outro lado, jogamos órgãos d epotenciais doadores”, lamentou.

José Lima acrecentou ainda que o doador é o ponto de partida da cadeia de transplantes e lembrou que a discussão com familiares deve ser feita ainda em vida. Em muitos casos, o debate entre os parentes é feito horas após o falecimento, fazendo com que o tempo de tolerância do órgão fora do corpo seja extrapolado.

O levantamento também destaca o alto índice de mortalidade da fila de espera. Desde o começo do ano, 267 brasileiros passaram a esperar por um coração, um dos órgãos mais aguardados, mas entre estas pesssoas, 87 já morreram. Isso significa que 40% dos pacientes que entraram na fila não sobreviveram.

*Informações do repórter Victor Brown

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