Fluxos financeiros do petrolão estão em mais de 20 locais que ocultam registros

  • Por Jovem Pan
  • 05/04/2016 07h44
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Sede da Petrobras no Rio de Janeiro. 04/03/2015 REUTERS/Sergio Moraes REUTERS/Sergio Moraes Sede da Petrobras no Rio de Janeiro

 As informações reveladas pelos documentos conhecidos como Panama Papers devem influenciar no combate à corrupção e ao terrorismo. A avaliação é de especialistas que analisam ações do escritório de advocacia Mossack Fonseca, apontado por ocultar as finanças de políticos e bilionários.

O representante da Transparência Internacional, Bruno Brandão, diz que os terroristas usam o mesmo esquema de offshores para esconder fluxo de dinheiro operado por eles. Ele explica que a empresa panamenha citada nos documentos usa brechas na lei, além de infringi-la, para operar, inclusive, em casos como o da Petrobras: “Isso é um tema que é muito estudado, discutido e combatido para eliminar os mecanismos da corrupção em grandes casos, grandes esquemas de corrupção, por exemplo, da Petrobras, já se identificaram fluxos financeiros por mais de 20 jurisdições dessas que permitem o registro de empresa de maneira oculta”.

Para a conselheira do Instituto Brasileiro de Governança Coorporativa, Martha Viegas, o movimento vivido no País é reflexo da pressão mundial por transparência. Em entrevista à repórter Hellen Braun, ela diz que o conhecimento dos dados deve ampliar a cobrança por investigação: “É cada vez mais difícil ocultar patrimônio, esconder quem é dono, quem é o proprietário de determinada empresa, de conta bancária. Os países que tinham regras de ocultação estão sendo extremamente pressionados para abrir valores”.

As informações conhecidas como Panama Papers revelam como políticos, empresários e celebridades esconderam fortunas durante anos. São 11 milhões de documentos que envolvem mais de 140 agentes e o principal alvo da investigação das contas offshore é o presidente russo, Vladimir Putin.

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