FMI defende reformas e aumento de impostos para viabilizar ajuste fiscal
Fundo Monetário Internacional vê necessidade de reformas e aumento de impostos para viabilizar ajuste fiscal no Brasil. As conclusões estão em um documento para a reunião ministerial do G-20, o grupo dos países mais ricos do mundo, que começa dia 23, na China.
O FMI aponta espaço limitado para o Banco Central cortar juros e recomenda que o Governo inclua “medidas tributárias” e reforma na previdência.
Em entrevista a Denise Campos de Toledo, o economista Juan Jensen disse que a possibilidade mais citada para elevação de impostos é a Cide: “basta o Executivo definir umnovo patamar para a Cide, que tenha um poder arrecadatório quase que instantâneo. Ainda este ano a gente deve ver uma elevação significativa da Cide”.
O documento do FMI ressalta ainda que 90% do orçamento federal são de gastos atrelados a leis e, por isso, difíceis de serem cortados.
O economista André Sacconato defendeu que o Governo avance na redução de despesas antes de cobrar participação maior da sociedade: “tem que ser provisório, muito bem definido e ter que vir seguido de ajustes das contas em longo prazo. A gente não pode ficar dando aumento para Judiciário, para funcionário público e pedindo que você pague mais impostos”.
Além do ajuste fiscal, o FMI volta a recomendar que o Brasil faça reformas estruturais, para aumentar a produtividade e a competitividade. Os economistas apontam que outra medida essencial é a implementação do programa de concessões, que vai provocar melhora na infraestrutura do País.
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