Força Nacional de Segurança chega ao Ceará para ajudar no controle de rebeliões
Homens da Força Nacional de Segurança chegaram a Fortaleza nesta quinta-feira (26) atendendo ao pedido do governador do Ceará, Camilo Santana. A tropa saiu da cidade de Gama, no Distrito Federal, em dois ônibus e 20 viaturas. Segundo o Ministério da Justiça, os homens devem permanecer no Ceará por um prazo de 15 dias prorrogáveis.
A tropa atuará no sistema carcerário no apoio à recuperação das estruturas das unidades prisionais destruídas pelos detentos e no controle de rebeliões. A Força Nacional de Segurança é formada por profissionais das polícias militares, polícias civis, corpos de bombeiros e órgãos de perícia forense. Essa tropa oferece cooperação de reforço à segurança pública em qualquer ponto do País, com apoio de efetivo dos estados.
As rebeliões do Ceará ocorreram durante e após a greve dos agentes penitenciários. Segundo a Secretaria da Justiça e Cidadania, a motivação dos conflitos foi a suspensão das visitas nas unidades prisionais. De acordo com a Polícia Militar, os detentos quebraram cadeiras, grades, armários e queimaram colchões em diversos presídios, e 500 presos já foram transferidos de penitenciárias após os locais terem sido destruídos nas rebeliões.
A Secretaria da Justiça e Cidadania confirmou a morte de 18 presos durante as rebeliões ocorridas nos presídios cearenses no fim de semana. Do outro lado, o juiz corregedor dos presídios, César Belmino, informou na segunda-feira que o número de mortes chega a 26. Oito corpos tiveram a identificação revelada e outros 10 serão submetidos a exames de DNA.
Na madrugada desta quarta-feira, um grupo de presos fugiu de um presídio em obras na Grande Fortaleza com auxílio de escadas, cordas e andaimes, segundo agentes penitenciários.
O presidente do Conselho Nacional de Justiça e ministro do Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lewandowski, determinou a busca de informações junto ao Judiciário e ao Governo do Estado sobre a situação atual e os encaminhamentos feitos até o momento.
Reportagem: Fernando Martins
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