Fragilidade na segurança de fronteiras facilita entrada de armas pesadas no País
A fragilidade das fronteiras brasileiras permite que armas de grosso calibre ingressem no País e caiam em mãos criminosas. Casos recentes de roubos a carros-forte e empresas de transporte de valores evidenciam essa situação.
Há três meses, um destes caso ocorreu em Ribeirão Preto e o grupo criminoso levou R$ 51 milhões. A resposta da Polícia Civil veio na prisão de seis pessoas e apreensão de 20 fuzis e duas metralhadoras .50.
O diretor do Departamento de Polícia Judiciária de São Paulo Interior (Deinter-3), delegado João Osinski Junior falou sobre a ação desses criminosos.
“Na verdade, hoje, as organizações criminosas agem como células terroristas. ou seja, cada célula é encarregada de uma determinada organização. De tal forma que uma não conheça a outra. Isso faz com que, se presa uma das células, a gente não consiga identificar as outras células”, disse.
Para Ricardo Brisolla Balestreri, ex-secretário nacional de Segurança, as fronteiras brasileiras não conseguem reter o fluxo criminoso.
Ele acrescentou que é urgente a mudança de postura do Governo para minimizar a violência. “Se nós não envolvermos todas as forças de segurança pública do Brasil, não tem como dar conta de mais de 16 mil quilômetros de fronteira”, ressaltou.
Além das tradicionais rotas, como Paraguai e Bolívia, já há relatos de armas vindas ilegalmente para o Brasil via Venezuela e Colômbia.
Levantamento realizado em 2010 pela ONG Viva Rio estimava que 57% das 17,6 milhões de armas em circulação no Brasil são ilegais. Apenas o crime organizado detém um arsenal de 5,2 milhões de armas.
*Informações do repórter Fernando Martins
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