Gilmar Mendes participa de encontro com empresários e fala sobre impeachment, Lula e eleição
“Impeachment é uma questão política”. Esta é a afirmação do ministro do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes. Para ele, o tema tem sim que ser discutido e pode ser analisado juridicamente: “O impeachment propriamente é uma questão política, é um processo político, com uma forte estrutura procedimental jurídica. ‘Não há uma Fiat Elba na vida da presidente, logo não pode haver impeachment’. Essa é uma análise obviamente equivocada. O que a Constituição diz é que é crime contra a probidade da administração. Pouco importa se é em proveito próprio ou alheio, se é proveito do partido, da campanha ou de terceiros. É disso que se cuida, se não a Constituição falaria em corrupção passiva”.
Questionado se o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva pode ser preso algum dia, o ministro diz que ainda não houve denúncia, mas é imprescindível saber quem foi o autor de toda a articulação do Petrolão: “Essa história precisa ser contada com uma narrativa com um mínimo de estrutura: quem é que mandou que se fizesse assim na Petrobras? Quem ordenou esse tipo de prática? Quem é que deu uma orientação nesse sentido?”.
Gilmar Mendes afirma que é necessário um sistema de verificação de votos mais transparente: “Nós temos que ter um sistema de verificação mais transparente. Aumentar o número de casos, de apuração paralela, para que o público saiba de fato que não há essa possibilidade de manipulação ou fraude”.
O ministro participou de um evento com empresários em São Paulo, promovido pelo Lide, Grupo de Líderes empresariais.
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