Goldman critica ressarcir perseguidos políticos que “estão bem de vida”

  • Por Jovem Pan
  • 09/01/2017 08h13
George Gianni/ PSDB (18/08/2014) Vice-presidente do PSDB e governador Alberto Goldman

Novo membro da Comissão de Anistia, o ex-governador de São Paulo Alberto Goldman criticou o pagamento de reparação a perseguidos pela ditadura. Em entrevista exclusiva ao Jornal da Manhã, o também ex-deputado federal afirmou que a legislação, de 2002, tem algumas falhas.

“Me parece que existem conceitos na comissão nos últimos 14 anos que devem ser reavaliados. Algumas coisas, pelo menos para mim, são estranhas. A legislação deve pretender ressarcir aqueles que de fato precisam de ressarcimento”, defendeu.

Alberto Goldman vem questionando os cálculos usados para se chegar ao valor a ser pago a um perseguido político.

“Não me parece lógico que o Estado dê ressarcimento a pessoas que estão muito bem de vida. Eles precisam sim, precisam do ato político da sua anistia. Ressarcimento econômico deve ser mais cuidadoso, deve ser feito apenas em situações em que é necessário para diminuir penúria de pessoas que sofreram perseguição e tiveram dificuldades de seguir com a vida”, disse.

O ex-governador paulista ressaltou que as mudanças na comissão sobre a lista de pessoas “beneficiadas”, por exemplo, são recentes e ele mesmo não possui acesso a todas as informações.

“Tivemos dois das de reunião sobre isso. Tomei conhecimento da forma pela qual a comissão esta trabalhando agora, estranhei muito o que vem sendo feito. Não me parece a forma correta. Ressarcimento econômico tem que ser limitado aquilo que as pessoas precisam conforme o que sofreram. Pessoas que se deram bem, esse ressarcimento não pode ser financeiro. Político e moral, sim, mas financeiro não”, reiterou.

Confira a entrevista completa:

Comentários

Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.