Governo avalia inclusão de diluente em vacinas contra febre amarela

  • Por Jovem Pan
  • 31/03/2017 08h25
vacina - febre amarela Agência Brasil vacina - febre amarela

Ministro da Saúde admite a possibilidade de fracionar doses da vacina contra febre amarela para evitar colapso no fornecimento. Ricardo Barros afirmou nesta quinta-feira (30) que o Governo avalia a inclusão de um diluente nas ampolas, para ampliar o volume de imunizantes.

Segundo o Governo federal, a demanda cresceu nas últimas semanas, principalmente, em cidades que não estão em áreas de risco.

Até o momento, não há registros da doença em zonas urbanas, mas a procura disparou até mesmo em regiões metropolitanas, como no Rio de Janeiro.

O estoque disponível na capital fluminense chegou ao fim nesta semana e mais doses já foram solicitadas ao governo federal.

O ministro da Saúde, Ricardo Barros, garantiu que o abastecimento está em dia e atribui a falta de vacinas à alta procura em locais fora de risco. “As pessoas estão indo às unidades de saúde e estamos abastecendo as unidades para atendimento, mas filas podem acontecer em um dia e não acontecer em outro”, disse.

Para o ministro da Saúde, Ricardo Barros, foi criado um “alarde desnecessário” em relação ao surto de febre amarela.

O presidente da Comissão de Ética da Sociedade Brasileira de Imunizações, Gabriel Oselka, afirmou que a redução das doses não altera a eficácia da vacina. “Se o Ministério vier a adotar essa conduta, é segura no sentido de segurança de efeitos que vai dar de imunidade”, disse.

Gabriel Oselka, ressaltou que o risco de transmissão em áreas urbanas é baixo e avaliou que a aplicação da vacina não é necessária em regiões metropolitanas.

A gerente de vigilância da Secretaria da Saúde do Espírito Santo, Gilsa Rodrigues, explicou que a procura foi alta em todo o Estado. “Como o Estado é muito pequeno, mesmo as pessoas que moram fora da área de risco, elas viajam muito para o interior. Mas o que a gente precisa é completar a vacinação em todos os municípios”.

A gerente de vigilância da Secretaria da Saúde do Espírito Santo, Gilsa Rodrigues, afirmou que 73% da população capixaba já foi imunizada.

Segundo o Ministério da Saúde, a imunização é recomendada apenas para moradores de áreas de risco ou para pessoas que irão viajar a estes locais.

*Informações do repórter Vitor Brown

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