Governo comemora queda da inflação e juros, mas indústria ainda aguarda
Indústria avalia que retomada econômica depende da redução do juro real, câmbio competitivo e a simplificação tributária.
O Governo comemora o recuo da inflação e a queda da taxa Selic, pelo Banco Central, e garante que o pior já passou no Brasil.
A equipe econômica considera possível ao final do último trimestre de 2017, o País crescer 2%, em relação ao mesmo período do ano passado.
O ministro do Planejamento, Dyogo de Oliveira, demonstrou otimismo para a saída da recessão. “Nós estamos bem confiantes de que os indicadores mais recentes demonstram que a eocnomia brasileira passou a pior fase. O pior já passou”.
Mas o setor produtivo reclama do spread bancário, a diferença da Selic e o juro real, que impede o acesso a financiamentos e da alta carga tributária.
O presidente da Abimaq, José Veloso, considerou o dólar baixo um subsídio às importações e ressaltou que a indústria paga um terço dos impostos no País. “Nós temos que resolver esse problema, essas amarras”, disse.
O otimismo do Governo se baseia na safra recorde do agronegócio, exportações de comodities e aumento na produção de carros e bens duráveis.
O presidente da Anfavea, Associação das Montadoras de Veículos, Antonio Megale, apostou em um aumento das vendas de 4% em 2017: “nós estamos na tendência da estabilidade”.
O Governo trabalha com um crescimento de 1% do PIB, Produto Interno Bruto, que é a soma de todos os bens e serviços produzidos no País.
Embora tímido, após três anos de recessão econômica, o resultado poderá marcar a real retomada da economia do país e um cenário melhor em 2018.
*Informações do repórter Marcelo Mattos
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