Governo de Donald Trump vive dias de tensão após renúncia de conselheiro

  • Por Jovem Pan
  • 15/02/2017 07h19
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EFE porta-voz da Casa Branca

No dia de São Valentim, a data dos namorados nos Estados Unidos e em outros países, o porta-voz da Casa Branca, Sean Spicer, percebeu que o seu trabalho desta terça-feira (14) não seria nada romântico.

“Eu posso sentir o amor fluindo nesta sala’, ironizou o secretário.

Não é culpa dele que a data mais amorosa do calendário americano coincidiu com um dos dias mais tensos da jovem presidência de Donald Trump.

Na noite de segunda-feira, o conselheiro de segurança nacional do governo Michael Flynn renunciou ao cargo.

O motivo foi a conversa que ele teve com o embaixador da Rússia em Washington sobre as sanções americanas ao país antes de Trump tomar posse.

O fato é grave, já que o general não tinha nenhum cargo no governo. A situação ficou ainda pior quando ele mentiu ao vice-presidente Mike Pence sobre o conteúdo da conversa.

A saída de Flynn foi confusa. Não está claro há quanto tempo o presidente sabia desse episódio e quem provocou a renúncia.

Sean Spicer disse a jornalistas que a ordem partiu de Trump. Ele esclareceu que não foi uma questão legal que derrubou Flynn, e sim uma questão de confiança do presidente.

Porém, a Casa Branca divulgou outra versão nesta terça-feira (14).

Kellyanne Conway, uma das principais assessoras de Trump, disse que o general pediu para sair e afirmou que o próprio republicano quem lhe pediu para dizer isso.

Em meio a tanta desinformação e instabilidade no governo, o twitter presidencial não parou de funcionar.

Ele escreveu que a sua verdadeira preocupação é por que há tanto vazamento ilegal em Washington.

Sean Spicer defendeu a causa do presidente. O porta-voz disse que esse não é um problema apenas desse governo e afirmou que os vazamentos enfraquecem a segurança nacional dos Estados Unidos.

O Congresso americano está pronto para agir. O líder da maioria no senado, o republicano Mitch McConnell disse que é muito provável que o comitê de inteligência investigue o general Kelly.

Outra apuração do Capitólio será sobre a discussão que Trump teve com o primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, sobre o teste de mísseis do regime norte-coreano.

O assunto não é nenhum tabu entre os dois países. Só não poderia ter sido discutido em um jantar com muitos convidados em uma das residências de Trump, na Flórida, no último fim de semana.

*Informações do repórter Victor LaRegina

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