“Governo desgastado não é motivo para o impeachment”, diz líder do governo na Câmara

  • Por Jovem Pan
  • 03/12/2015 12h59
BRASÍLIA, DF, 15.04.2015: GOVERNO-CARGOS - O líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), durante sessão da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara, para votação do Projeto de Emenda à Constituição (PEC) da redução dos ministérios, de autoria do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB RJ). (Foto: Beto Barata/Folhapress) Folhapress Líder do PT na Câmara

 O líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), em entrevista ao Jornal da Manhã comenta o posicionamento do partido após o parecer favorável de Eduardo Cunha ao processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff.

O deputado diz estar indignado com aqueles que “estão maquinando o golpe”: “Você não pode manchar e macular a democracia brasileira. Não há consistência jurídica nenhuma, a não ser o ódio da oposição derrotada nas urnas”.

Guimarães defende que a votação realizada pelo Congresso na quarta-feira (02/12), sobre a revisão da meta fiscal de 2015, desqualificaria o argumento de que ocorreram pedaladas: “As tais chamadas pedaladas, inventadas por membros do TCU, tem objetivo político de punir o governo, mas o Congresso decidiu por maioria que não é crime de responsabilidade fiscal”.

Cabe aos partidos agora definir as comissões que irão participar do processo na Câmara e o deputado petista afirmou que eles vão articular a base para compor o grupo de deputados. A oposição defende a suspensão do recesso parlamentar para que a questão seja discutida o mais brevemente, mas para o líder do governo o país não irá aceitar o processo: “Não tem essa de impeachment, o país não vai aceitar isso porque o Brasil é uma democracia sólida”. Ele acrescenta que “arrivistas de direita, quando não querem aceitar as regras democráticas, enveredam por esse caminho”.

Ao ser mencionado que o processo de impeachment está previsto na Constituição, o deputado acrescenta: “Impeachment é democrático se houver lastro jurídico e consistência, o que não é o caso. Não foi nenhum crime o que a presidente cometeu”. Ele se refere a Hélio Bicudo e outros juristas que elaboraram o documento como “patrocinadores do golpe”.

José Guimarães também diz que medidas estão sendo tomadas para reverter a profunda crise do país: “Já aprovamos a recomposição do orçamento, o Brasil não é essa terra arrasada que muitos falam. Essas saídas transversais que tentam criar não são a solução para o país. Governo desgastado não é motivo para o impeachment”.

Confira a entrevista completa no Jornal da Manhã.

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