Governo do Estado não negociará com entidades alheias à educação

Alunos protestam contra a reorganização do ensino estadual Estudantes ocupam a Escola Estadual Fernão Dias Leme

 Governo do Estado descarta negociação com entidades alheias à educação e busca acordo com alunos para desocupação das escolas de São Paulo.

Em Diadema, estudantes aceitaram deixar a instituição após a elaboração de uma pauta de reivindicações que será entregue à Secretaria. O acordo formalizado na justiça contou com a pasta da Educação, Defensoria Pública, OAB, APEOESP, Procuradoria do Estado e Ministério Público.

Pais e alunos irão se reunir na quinta-feira (19/11), com as mesmas entidades para apresentação de sugestões e reclamações.

O Diário Oficial da quarta-feira (18/11) traz uma resolução que garante a reposição das aulas e o certificado do Ensino Médio.

O governador Geraldo Alckmin criticou o caráter político de entidades, como o MTST: “É muito aproveitamento político por parte da APEOESP, que não são professores, é questão sindical, MTST, pessoas que nem têm filhos na escola, que não são da região. O MTST invadiu mais de 10 escolas, uma coisa totalmente propositada”.

Já o secretário da Educação defende que a reorganização das escolas seguirá o modelo de países desenvolvidos e o praticado na rede particular. Herman Voorwald descarta ausência de diálogo, mas garante que não irá atender pautas fora do setor: “Eu não quero dialogar com entidades que não tem absolutamente nada a ver com educação. Que estão entrando nas nossas escolas e impedindo que os professores deem aula, que os estudantes tenham a possibilidade de estar na escola”.

O secretário estadual da Educação ressalta que há escolas ociosas e a rede dividida por ciclos trará melhor qualidade do ensino. Voorwald garante que nenhum aluno ficará sem matrícula e a questão da distância nas transferências estudantis está sendo considerada.