Governo e Instituto Butantan querem desenvolver soro contra vírus zika
Após reunião do Conselho Nacional de Saúde, realizada na terça-feira (02/02), em Brasília, o governo anuncia a intenção de estabelecer uma parceria com o Instituto Butantan para desenvolver pesquisas contra o zika vírus. O ministro da saúde, Marcelo Castro, disse que o governo pode remanejar recursos de outras áreas para conter o mosquito Aedes aegypti e acelerar as pesquisas na área.
Segundo Castro, a ideia é desenvolver tratamentos específicos contra o zika: “Como soro e o desenvolvimento de anticorpos monoclonais, que são muito específicos e de tecnologia moderna. Se uma pessoa pegar zika, ela poderá tomar o anticorpo e combater o vírus, para não deixar o vírus tomar conta do organismo”.
O combate ao mosquito Aedes aegypti também foi tema da reunião entre os presidentes do Brasil e da Bolívia, em Brasília. Após o encontro com Evo Morales, Dilma Rousseff cobrou um esforço internacional para evitar uma epidemia: “Abordamos também o desafio do vírus zika e a necessidade de trabalharmos juntos para conter o mosquito, evitando a sua proliferação e desenvolvendo vacinas. É uma tarefa necessariamente coletiva de todos os países”.
O Ministério da Saúde atualizou o número de casos suspeitos de microcefalia e informou que investiga 3.670 registros no país. Nesta quarta-feira (03/02) ministros do Brasil, Peru, Uruguai, Chile, Paraguai, Colômbia, México e Guiana se reúnem em Montevidéu onde irão discutir a epidemia.
A Organização Mundial da Saúde pretende criar 30 centros de estudos e monitoramento do zika. Além do Instituto Butantan, o laboratório francês Sanofi Pasteur também iniciou pesquisas para o desenvolvimento de uma vacina contra o vírus.
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