Governo expulsou 550 servidores no ano passado; 65% dos casos são de corrupção

  • Por Jovem Pan
  • 10/01/2017 08h09
Agência Brasil Congresso Esplanada dos Ministérios

O Governo Federal expulsou 550 servidores em 2016 por práticas ilícitas. O número é o maior desde o início do levantamento, em 2003. Entre os principais motivos das penalidades está a corrupção, responsável por cerca de 65% dos casos.

No ano passado, do total, foram registradas 445 demissões de servidores efetivos, 65 cassações de aposentadorias (recorde no comparativo dos últimos seis anos); e 40 destituições de ocupantes de cargos em comissão. 

Em entrevista exclusiva ao Jornal da Manhã, o corregedor-geral da União, Antonio Carlos Vasconcelos Nóbrega ressaltou o comprometimento da sociedade com o combate à corrupção. Para ele, as expulsões são uma forma de demonstrar o combate aos ilícitos e uma busca por mais ética e transparência.

“As demissões são aplicadas por todo o poder Executivo federal. Nosso trabalho é orientar corregedorias e orientar o trabalho disciplinar”, afirmou.

Apesar da maioria dos casos em que os servidores foram expulsos estarem ligados à corrupção, o corregedor lamentou que, mesmo significativo, não é algo que surpreenda.

Foram aplicadas 343 penalidades relacionadas à corrupção. O número aumentou em relação a 2015, quando atingiu 61,4%.

Já o abandono de cargo, a inassiduidade ou a acumulação ilícita de cargos são fundamentos que vêm em seguida, com 158 dos casos (24,4%). Também figuram entre as razões que mais afastaram servidores: proceder de forma desidiosa e a participação em gerência ou administração de sociedade privada. Os dados não incluem os empregados de empresas estatais, a exemplo da Caixa Econômica, dos Correios, da Petrobras, etc.

*Com informações do Ministério da Transparência, Fiscalização e Controladoria-Geral da União

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