Governo identifica mais de 21 mil fraudes no seguro-desemprego em quatro meses
O Ministério do Trabalho já identificou mais de 21 mil pedidos falsos de seguro-desemprego, em todo o País, desde o final do ano passado. As tentativas de irregularidades foram descobertas por um novo sistema antifraudes, que começou a funcionar em dezembro.
A plataforma permite que o Governo acompanhe todo o processo, desde a solicitação do benefício e o pagamento feito pela Caixa.
A base para o rastreamento é o CPF do trabalhador. O programa também faz o cruzamento com dados da Receita Federal e da Caixa Econômica, o que ajuda a identificar pedidos feitos por criminosos.
Os golpes prejudicam, principalmente, trabalhadores que foram realmente demitidos e que dependem do pagamento do dinheiro.
O coordenador-geral de Seguro Desemprego e Abono Salarial do Ministério do Trabalho, Jonas Santana, explicou que os bandidos costumam criar documentos falsos: “os dados do trabalhador são falsificados, é criada documentação e alguém vai á e requer o benefício como o verdadeiro trabalhador”.
Jonas Santana afirmou ainda que o Ministério do Trabalho investiu R$ 72 milhões para a criação do sistema antifraude.
Desde dezembro, foram cerca de R$ 122 milhões bloqueados pelo Governo, em tentativas de golpes.
O Estado de São Paulo é o que registra maior número de pedidos falsos de seguro-desemprego.
As fraudes comprovadas são comunicadas diretamente à Polícia Federal.
Os trabalhadores que têm o benefício bloqueado por suspeita de irregularidade são comunicados e devem procurar o Ministério do Trabalho. Segundo o Governo, esse procedimento é adotado, porque, em muitos casos, o próprio trabalhador não sabe que os dados foram utilizados por criminosos.
*Informações do repórter Vitor Brown
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