Governo marca reunião para resolver crise de um dos maiores hospitais de SP
O socorro a um dos maiores hospitais públicos do Brasil pode vir na semana que vem.
Representantes do governo de São Paulo e do Governo Federal vão se reunir em Brasília para encontrar meios de restabelecer o atendimento dos pacientes.
Desde esta quinta-feira (30), o Hospital São Paulo suspendeu cirurgias e restringiu a emergência, porque não tem mais nenhum material básico. Pacientes estão voltando para casa após passar por uma triagem.
As famílias estão tendo que tirar do próprio bolso para comprar os medicamentos. As cirurgias eletivas, aquelas agendadas, serão suspensas. Os médicos só vão operar os casos de urgência.
Segundo a Universidade Federal de São Paulo, responsável pela gestão do Hospital São Paulo, os atendimentos no pronto-socorro dobraram nos últimos anos por causa da crise: de 700 para 1500. E os valores repassados para custeio não acompanharam esse movimento.
Segundo o secretário Estadual da Saúde, David Uip, não há repasses em atraso: “essa história se repete nos últimos anos, então estamos tentando buscar solução mais definitiva”.
De acordo com a instituição, ligada ao Governo Federal, a inflação e os dissídios salariais geraram um aumento obrigatório de 60% nos gastos de 2010 a 2016, o que gera um déficit mensal de R$ 3 milhões.
Para manter suas atividades, a instituição buscou empréstimos bancários e gerou dívidas com fornecedores uma vez que, ao longo dos anos, os materiais e medicamentos necessários ao cuidado da saúde tiveram reajustes de preço, mas os procedimentos da tabela do SUS, não acompanharam essa correção.
O Governo Federal repassa anualmente R$ 170 milhões. O Estado, de forma voluntária, outros R$ 50 milhões. O Orçamento do Hospital São Paulo, no entanto, é de R$ 500 milhões – ou seja – a conta não fecha.
*Informações da repórter Carolina Ercolin
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