Governo prevê desburocratização para processo de exportação em 2016
Governo federal quer eliminar gargalos para quase dobrar a capacidade portuária brasileira sem a execução de obras. O aumento da eficiência deve ocorrer por meio da organização de um site que unifique os processos necessários para exportação. Atualmente, um contêiner pode ficar seis dias parado esperando um navio porque a empresa não sabe exatamente quanto tempo vai demorar a liberação.
A diretora do Departamento de Competitividade no Comércio Exterior, Ana Junqueira Pessoa, detalha o que é planejado para mudar esse panorama: “Qual a visão de futuro: você já sabe quando o caminhão vai chegar ao porto, já sabe o que está carregando, o que tem dentro do contêiner, o órgão que tem que anuir já deu a posição se vai precisar ou não vistoriar, se precisar já desce do caminhão e vai para o local de vistoria e, vistoriado, embarca”.
Um exemplo dos obstáculos está no fato de que um empresário precisa informar o número de CNPJ dezessete vezes ao longo do processo.
O sócio-diretor da consultoria Prospectiva, Ricardo Sennes, afirma que quanto mais complexa a atividade, maior a dificuldade em se negociar com o exterior: “Quanto mais integrado é esse parque, mais penalizado ele é. E quanto mais tecnologizado ele é, mais penalizado ele é. O que o Brasil está fazendo, ao tomar a decisão sistematicamente de não avançar de maneira significativa nessa área? Estamos simplesmente fazendo uma seleção negativa com relação ao parque produtivo brasileiro”.
O portal único do comércio exterior já está online e disponível para a realização de importações. A expectativa é que os exportadores também possam utilizar os serviços de desburocratização ainda no primeiro semestre de 2016.
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