Governo quer que movimentos paguem por prejuízos em manifestação no DF
Depois de o Governo revogar o decreto que permitiu a utilização das Forças Armadas para conter a violência e depredação durante as manifestações da última quarta-feira, nesta quinta (25) foi dia de contabilizar os prejuízos.
Só o Ministério do Planejamento avalia que o custo do vandalismo vai chegar a R$ 330 mil, entre mobiliário, computadores e gastos para limpeza dos prédios.
A Advocacia Geral da União pediu pressa dos demais ministérios para que o Governo entre com uma ação pedindo o ressarcimento dos prejuízos.
A intenção é cobrar dos movimentos que organizaram os protestos e se for possível identificar cobrar também de quem depredou o patrimônio público.
O ministro da Defesa, Raul Jungmann, explicou que como não havia mais risco de depredação do patrimônio público na Esplanada, não haveria porque manter os militares na rua.
Ao rebater críticas da oposição, que afirmou que as Forças Armadas não podem ser usadas em manifestações, o ministro afirmou que essa não foi a primeira vez que elas foram chamadas para ajudar. “De 2010 a 2017 foram realizadas 29 ações de Garantia da Lei e da Ordem”, relembrou.
O ministro ainda esclareceu que o presidente da Câmara, o deputado Rodrigo Maia, não pediu que fossem utilizadas as Forças Armadas e sim a Força Nacional de Segurança Pública.
O problema é que nesta quinta-feira em Brasília o efetivo da Força Nacional era de apenas 100 homens quando foram utilizados na verdade 1.400 militares.
Jungmann ainda negou problemas com o governador do DF, Rodrigo Rolemberg, que teria afirmado que o Governo local não foi comunicado da decisão aqui do Planalto.
O ministro, no entanto, deixou claro que com ou sem crise apenas manifestações pacíficas serão aceitas. O governo do Distrito Federal admitiu que para as próximas manifestações será necessário repensar o esquema de segurança.
*Informações da repórter Luciana Verdolin
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