Governo tenta blindar Reforma da Previdência da lista de Fachin
Após a divulgação da chamada lista do Fachin, o Governo se movimenta para manter em curso a Reforma da Previdência.
Entre os 42 deputados citados, está o relator da proposta, Arthur Maia, do PPS. Também aparece o ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, um dos principais articuladores da Reforma.
O objetivo é manter um discurso de normalidade e aprofundar as articulações em torno do projeto.
Para garantir apoio, o presidente Michel Temer vai se reunir ao longo da semana que vem com bancadas dos partidos da base na Câmara. Segundo o presidente da Comissão da Reforma da Previdência na Câmara, deputado Carlos Marun (PMDB), cada poder vai continuar cumprindo a sua função: “é o momento de cada um cumprir seu papel”.
O deputado Beto Mansur (PRB) também afirmou que as votações não vão ser prejudicadas, mas admite uma possível instabilidade: “eu não visualizo que isso vá prejudicar qualquer tipo de reforma, lógico que traz instabilidade política para dentro do Congresso”.
Alguns pontos da Reforma vão ser modificados. A tendência é que a idade mínima de transição seja fixada em 50 anos para mulheres e 55 anos para homens. A cada biênio, ela aumentaria um ano e meio para as mulheres e um ano para os homens, até que ambas cheguem a 65.
Além disso, o tempo mínimo de contribuição para receber todo o salário da aposentadoria deve diminuir de 49 para 40 anos. A expectativa é que o relatório final, com todas as mudanças, seja apresentado na próxima terça-feira, com votação na Comissão prevista para a última semana de abril.
*Informações do repórter Levy Guimarães
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