Governos federal e estadual discutem melhorias no sistema prisional do AM
Ministra Cármen Lúcia se reúne em Manaus com presidentes do Tribunal de Justiça do Amazonas e dos TJs da região Norte, onde ocorreu o massacre que deixou 56 mortos no último domingo (1º).
Enquanto isso, em Brasília, o presidente Michel Temer promove um reunião com o núcleo institucional do Governo, entre os temas, questões de segurança e defesa.
Nesta quarta-feira (04), o Ministério Público do Amazonas pediu rescisão dos contratos com as empresas que administram os presídios do Estado por suspeita de superfaturamento e ineficiência da gestão.
O pedido encaminhado ao Tribunal de Contas do Estado do Amazonas aponta um descontrole da segurança nas prisões de Manaus. Os procuradores acusam a empresa que administra o presídio Anísio Jobim de não ter sido capaz de alertar ou reprimir o início da rebelião.
O sistema carcerário do Amazonas é operado pela empresa Umanizzare, que venceu a licitação para explorar o serviço por 27 anos.
Sobre o massacre ocorrido no último domingo, com 56 mortos, o Governo local admitiu que sabia que estava em andamento um plano de fuga em massa.
O secretário de Segurança Pública, Sérgio Fontes, reconheceu pela primeira vez que o sistema de segurança falhou ao permitir que armas entrassem nos presídios onde ocorreram as rebeliões.
A Ordem dos Advogados do Brasil no Amazonas ingressou com uma ação civil pública contra o Estado. Segundo representantes da OAB, o Governo falhou em evitar o colapso que se instalou no sistema penitenciário.
A polícia do Amazonas identificou pelo menos oito chefes das rebeliões desta semana, mas não divulgou nomes.
*Informações do repórter Felipe Palma
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