“Haverá mais flexibilidade no currículo”, diz ministro sobre MP do Ensino Médio

  • Por Jovem Pan
  • 23/09/2016 09h17
Brasília - O ministro da Educação, Mendonça Filho faz um balanço das inscrições do Enem (Wilson Dias/Agência Brasil) Wilson Dias/Agência Brasil O titular do MEC

Após o presidente Michel Temer assinar nesta quinta-feira (22) uma Medida Provisória (MP) para a restruturação do Ensino Médio no País, começou o debate sobre o plano do Governo em relação a uma educação em tempo integral a partir do ano que vem.

Em entrevista exclusiva ao Jornal da Manhã, da rádio Jovem Pan, o ministro da Educação, Mendonça Filho explicou o plano do Governo que, quando começar a ser aplicado, promete possibilitar ao aluno a escolha de diferentes trilhas de formação.

O ministro, no entanto, ponderou que o sucesso do plano dependerá da adesão dos Estados, já que “isso não é obrigatório para toda a rede de ensino médio do Brasil”.

O Governo irá alocar no orçamento do Ministério da Educação, para 2017 e 2018, um total de R$ 1,5 bilhão para estimular a escola em tempo integral. “Haverá mais flexibilidade no currículo”, destacou.

“Hoje, ela [educação no ensino médio] é estática e impõe 13 disciplinas obrigatórias. Aí [com a flexibilização] a gente teria as condições para que a gente possa ter o conteúdo comum curricular a ser ministrado para o ensino médio em todo o País. Cada rede de ensino adaptará a ministração de conteúdos e disciplinas”, disse o ministro.

Mendonça Filho defendeu ainda que a escola em tempo integral manteria os adolescentes afastados das drogas, “o grande problema do Brasil no nível médio”.

“Com mais tempo dentro da escola com atividades vinculadas a educação formal, cultural e esportiva é uma forma de protegermos jovens brasileiros”.

Assinada nesta quinta (22), Mendonça Filho lembrou que a MP entra em vigor imediatamente: “publicada ela é lei, mas pode ser modificada ou rejeitada no Congresso”.

Confira a entrevista completa abaixo:

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