Histórico 7×1 na Copa teve impacto nas eleições de 2014, aponta pesquisa
Não há dúvidas que o 7 a 1 marcou para sempre o futebol brasileiro.
A questão que a pior derrota da seleção brasileira em Copas do Mundo suscita é se o desastre dos gramados influenciou na política no ano de 2014.
Uma pesquisa desenvolvida por economistas do Rio de Janeiro concluiu que o mercado financeiro entendeu a derrota como um fator de enfraquecimento da então presidente Dilma Rousseff.
O professor da PUC-Rio, Eduardo Zilberman, afirmou que se a queda diante da Alemanha fosse menos chocante, o efeito político seria menor. “A gente documenta o efeito no mercado financeiro, mas ele não opera no vácuo. E de alguma maneira interpretou o 7 a 1 como algo que fosse afetar a realidade política”, explicou.
A história todo mundo lembra. Dilma se reelegeu de forma muito apertada, não conseguiu o apoio do Congresso e das ruas e sofreu o impeachment.
A pesquisa da PUC Rio não avalia o efeito do 7 a 1 no eleitor brasileiro. Mas conclui que a derrota deixou os problemas do Brasil mais evidentes.
Os pesquisadores concluem ainda que se o Brasil fosse campeão mundial no Maracanã diante da Argentina, a vitória de Dilma seria maior.
O levantamento de Eduardo Zilberman e Carlos Carvalho, que são do Banco Central, foi feito em um cruzamento de eventos que antecederam a eleição de 2014 e o movimento da Bolsa de Valores de São Paulo.
*Informações do repórter Victor LaRegina
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