“A Hora do Agronegócio”: tecnologia é peça chave para agribusiness brasileiro
A tecnologia tem movido o agronegócio brasileiro e exemplo disso é o sistema de irrigação subterrâneo em plantações, que possibilita que apenas a raíz da planta seja umidificada, assim evitando o desperdício de água nas folhas, a possível proliferação de doenças e o uso excessivo de pulverizadores. Com a metodologia da irrigação “gota a gota”, o produtor de tomate da região de Goiânia, Iron de Lima, tem percebido diversos benefícios, como a crescente produtividade, que passou de 80 toneladas por hectare para 140 ton/ha.
“Esse sistema tem muitos benefícios. Se nós começarmos a pensar na questão da sustentabilidade, o gotejamento já sai muito na frente dos outros métodos, porque nós conseguimos economizar por ser uma forma mais eficiente de aplicação de água, em torno de 95%, então nós conseguimos reduzir o consumo dessa água. Consequentemente, também, reduzimos o tamanho dos sistemas de bombeamento, motores elétricos, impactando diretamente na redução do consumo de energia elétrica”, afirma o coordenador agronômico da Netafim, William Damas.
Se no Goiás a plantação de tomate vai bem, os produtores rurais de Mato Grosso ainda estão aguardando a regularização das chuvas para incrementar a semeadura da soja na safra 2015/16. Por enquanto, apenas 19,5% da área de 9 milhões de hectares foram semeados no Estado. Equipes da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja) verificaram pouco plantio e até replantios em algumas áreas. Para o diretor técnico da associação, Nery Ribas, com 80% da área sem plantar o momento é de apreensão.
“A Hora do Agronegócio” desta semana traz ao ouvinte a cobertura do Fórum Exame Agronegócio, que também colocou em discussão a aliaça entre tecnologia e agricultura. O presidente da Sociedade Rural Brasileira (SRB), Gustavo Junqueira, afirma que agronegócio moderno e sustentável é o modelo do futuro. Já o presidente da John Deere, Paulo Hermann, garante que é possível produzir e preservar simultaneamente: “A tecnologia lavoura-pecuária-floresta, desenvolvida pela Embrapa, permite produzir de forma concomitante, dando mais receita ao produtor e também respeitando a sustentabilidade”.
O programa ainda conta com a participação dos repórteres João Biscoli, falando sobre o impacto das chuvas nas plantações de Santa Catarina; e Luciana Verdolin, com informações de Brasília sobre os avanços da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO-ONU) sobre agricultura familiar.
“A Hora do Agronegócio” é produzido por Mariana Grilli, sonoplastia de Reginaldo Lopes e vai ao ar todos os domingos, às 7h. Mercado, sustentabilidade, opinião: o agronegócio em todas as esferas com José Luiz Tejon.
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