Lições de Israel ao Brasil e discurso de Bolsonaro na Paulista são destaques do Hora H do Agro
Programa semanal da Jovem Pan também aborda alta do preço do leite, a possível queda na soja e as projeções para o mercado de fertilizantes
O programa Hora H do Agro deste sábado, 2, abordou a continuidade da crise diplomática entre Brasil e Israel. Na semana, o presidente Lula disse que não citou a palavra “Holocausto” ao citar a ação de Israel na Faixa de Gaza. Enquanto isso, o ministro das Relações Exteriores do país do Oriente Médio afirmou no X (antigo Twitter) que Lula deveria se envergonhar e pedir desculpas. No agro, Israel ganha destaque especialmente no setor de tecnologia e manejos agrícolas de produção em pleno deserto, temas que setor brasileiro tem muito a aprender. No programa, também esteve em destaque a fala do ex-presidente Jair Bolsonaro, que lembrou do agronegócio durante manifestação na Avenida Paulista no último fim de semana, além da alta registrada no preço do leite, perspectiva de preços melhores da soja e queda dos fertilizantes a níveis de 2021, gerando oportunidades de negócios aos produtores.
As lições de Israel para o Brasil
Nesta semana, o presidente Lula voltou a falar sobre Israel. Em entrevista a um canal de TV, Lula disse que “não utilizou a palavra Holocausto” quando comparou os ataques israelenses na Faixa de Gaza ao extermínio de judeus durante a Segunda Guerra Mundial. Enquanto isso, o ministro das Relações Exteriores do país do Oriente Médio afirmou no X (antigo Twitter) que o presidente brasileiro deveria se envergonhar e pedir desculpas.
No agro, Brasil e Israel mantêm uma parceria estratégica e intercâmbio de conhecimentos em tecnologia e manejos agrícolas, em uma troca em que ambos os países saem ganhando. O programa Hora H do Agro deste sábado, 2, destacou as lições que o agro brasileiro pode aprender com Israel, já que o país é referência em técnicas como dessalinização da água e produção agrícola no deserto. Confira também a entrevista com o doutor em engenharia agrícola e professor da Universidade Ariel, em Israel, Beni Lew.
Bolsonaro elogia agro enquanto Lula tenta se aproximar do setor
No último domingo, milhares de pessoas se reuniram na Avenida Paulista, em São Paulo, em apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro. Em discurso, ele afirmou que o setor do agro é um exemplo e orgulho nacional. Enquanto isso, o presidente Lula trabalha para se aproximar do setor produtivo. Segundo o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, Lula deverá retomar encontros com empresários do agro. Além disso, o ministro afirmou que as medidas de ajuda aos produtores rurais deverão ser divulgadas em março. Confira!
Preço da soja vai subir; saiba quando
Em 2024, as principais commodities agrícolas, como soja, milho e trigo, acumularam queda expressiva. O principal recuo foi na soja na Bolsa de Chicago, que no período, caiu 12,1%, seguida pelo milho (-11,2%) e trigo (-9,8%). O jornal “Financial Times” revelou que o mercado está apostando em uma queda destes produtos diante das safras abundantes ao redor do mundo. A reportagem diz ainda que os fundos de investimento e especuladores possuem o maior número de contratos futuros com posição vendida em quase 20 anos, isso somando as três culturas. Na contramão das commodities agrícolas, o bitcoin tem se destacado. Isso porque a alta no acumulado do ano supera os 160%. Quais serão os melhores investimentos em 2024? Confira a análise de Alê Delara, diretor da Pine Agronegócios.
Fertilizante: é hora de comprar ou esperar?
Os preços do cloreto de potássio já registra uma queda de 46% nos últimos 12 meses. Isso foi o que revelou a consultoria Agrinvest Commodities. De acordo com a empresa, os preços estão nos menores patamares desde fevereiro de 2021. Com isso, a relação de troca de uma saca de soja para a temporada 24/25 e a tonelada do adubo está abaixo da média histórica. Confira as projeções para o mercado de fertilizantes com o analista Jeferson Souza.
Preço do leite vai subir?
O preço do leite pago ao produtor rural registrou a terceira alta consecutiva em janeiro. Segundo o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), a elevação foi de 4,5%, com a média “média Brasil” indicada em R$ 2,13 o litro. Essa alta ocorreu devido à menor produção de leite no campo, que foi afetada pela seca, tempo quente e menores investimentos. Apesar disso, o valor pago ao produtor está 23,3% menor que o registrado em janeiro de 2023. O Hora H do Agro destacou as perspectivas para os preços a partir de agora, especialmente devido ao alto volume importado de lácteos do Mercosul. Um levantamento realizado pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) projeta que as compras externas em fevereiro deverão atingir 183 milhões de litros do produto, o maior volume, pelo menos, desde 1997. Confira a análise de Valter Galan, diretor da MilkPoint, e de Wagner Beskow, sócio-diretor da Transpondo.
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