Idosa pode ter sido primeira vítima fatal da fumaça tóxica no Guarujá

  • Por Jovem Pan
  • 20/01/2016 13h17
BRA01. SANTOS (BRASIL), 14/01/16 - Vista desde la ciudad de Santos de una gigantesca nube de humo, provocada por una fuga de gas de grandes proporciones en una terminal de cargas marítima en la ciudad de Guarujá, en el litoral de Sao Paulo, que alcanzó el vecino puerto de Santos, el mayor de Brasil, hoy jueves 14 de enero de 2016. EFE/Ricardo Nogueira EFE/Ricardo Nogueira Gigante nuvem tóxica de fumaça causada por vazamento em terminal de cargas de Santos

 Uma idosa de 68 anos pode ter sido a primeira vítima da fumaça tóxica que encobriu o Guarujá na semana passada após o incêndio em contêineres do terminal portuário. Leia Magalhães de Maria morava no distrito de Vicente de Carvalho, próximo ao local do incidente e faleceu na última segunda-feira (18/01).

O laudo do IML apontou como causas da morte insuficiência respiratória aguda, pneumonite tóxica e inalação de fuligem e gases tóxicos. A idosa não estava em casa no início do incêndio nos galpões da Localfrio e quando retornou à residência, o imóvel já estava tomado pela fumaça.

Após sentir os primeiros sintomas de intoxicação, ela foi levada por um dos filhos a um hospital no Guarujá, sendo atendida e liberada na manhã seguinte. Ela chegou a ir para Jundiaí, onde mora o outro filho, mas voltou a apresentar quadro de vômito e precisou retornar ao hospital. Segundo familiares, Leia tinha um quadro de hérnia de hiato que pode ter sido potencializado com a fumaça.

Chefe do Centro de Assistência Toxicológica do Hospital das Clínicas, Anthony Wong, diz que a nuvem tóxica pode sim ter colaborado para a morte da idosa: “Provavelmente essa inflamação que ela teve talvez tenha provocado uma lesão. Ela estava sobrevivendo no limite e ocorreu alguma situação que agravou e ela veio a falecer. Esse tipo de complicação tardia não é rara em acidentes ambientais desse tipo”.

Em nota, a Prefeitura de Guarujá informou que se solidariza com a família de Leia e que a idosa não passou por nenhuma das UPAs referenciadas para o atendimento da ocorrência. A empresa Localfrio informou que está apurando os fatos para se posicionar sobre o caso.

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