Impeachment: “linha de sucessão vai de mal a pior”, afirma deputado do PSOL
Chico Alencar, deputado pelo PSOL-RJ, em entrevista à Jovem Pan, compara a nomeação de Lula como ministro com futebol: “É como um time que vai jogar uma partida decisiva, que pode valer rebaixamento, e chama um craque com credibilidade para resolver. Mas ele já tem um cartão amarelo digamos, e o juiz é rigoroso”.
O deputado aponta para o risco da leitura de que o ex-presidente teria sido indicado à pasta da Casa Civil por causa da prerrogativa de foro. Sobre o processo de impeachment, Alencar diz que não é golpe, uma vez que está previsto na Constituição, mas diz que é preciso ter cuidado e precisão em sua análise. Ele também aponta que praticamente todos os governos cometeram pedaladas fiscais, e não apenas o nacional.
Sobre o panorama pós-impeachment, caso a votação no plenário aponte para esse caminho, Chico Alencar é pessimista em relação aos nomes que podem conduzir o País: “Colocar o Temer é trocar seis por meia dúzia. Se o TSE cassar a chapa e sair o Temer também, a nossa linha de sucessão vai de mal a pior, porque entraria o presidente da Câmara, Eduardo Cunha”.
No caso de cassação, Cunha assumiria o governo por 90 dias, apenas até serem convocadas novas eleições diretas.
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