Imposto encontra meio termo entre proposta de Dilma e do Congresso

  • Por O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, anuncia medidas para aumentar a arrecadação de impostos
  • 11/03/2015 10h34

O ministro da Fazenda Wilson Dias/Agência Brasil O ministro da Fazenda

Reinaldo, o governo recuou na tabela de imposto de renda e já enfrenta outra bomba. Qual?

Entre o recuo e a derrota humilhante, a primeira alternativa é sempre melhor. Aliás, se o governo tivesse seguido essa máxima em outras circunstâncias, talvez estivesse vivendo dias mais tranquilos. Não faz tempo, Dilma deu a entender que a proposta do governo para a correção da tabela do Imposto de Renda era 4,5% e ponto. Por isso, ela havia vetado o reajuste de 6,5%. Ocorre que o veto seria certamente derrubado.

E aí alguém se lembrou de fazer política, uma coisa que há tempos não frequenta o Palácio do Planalto. Joaquim Levy, ministro da Fazenda, reuniu-se com Renan Calheiros (PMDB-AL), presidente do Senado, e anunciou que o governo está disposto a criar quatro faixas para a correção de tabela, indo dos 4,5%, como queria Dilma, aos 6,5% como aprovou o Congresso. Renan aquiesceu.

Coube a Levy, um tanto fora de seu figurino, falar como se fosse um coordenador político: “O importante é que houve uma construção junto ao Congresso, dentro da capacidade fiscal do país neste momento de ajuste fiscal. Concluímos com um valor que é suportável”. Ah, bem! Dilma percebeu que, a ferro e fogo, quebraria a cara mais uma vez. A oposição diz que vai insistir nos 6,5%.

Não pensem, no entanto, que o estresse acabou.

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