Inadimplência bate recorde, com 59 milhões de pessoas com contas em atraso
Os juros do cartão de crédito atingiram o patamar de 410, 97 % ao ano em janeiro, na sua 16ª alta consecutiva. A taxa subiu 0,21%, média de 14,56% ao mês, no maior nível desde outubro de 1995. Já o custo das operações bancárias subiu 0,11%, para 142,74% ao ano.
O vice-presidente da Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Miguel Ribeiro de Oliveira, acredita em novas elevações: “Nós temos um conjunto da economia se deteriorando, o que aumenta muito o risco da inadimplência, e do outro lado, a retração da economia que deve atingir 4% esse ano, o que aumenta o desemprego. Esses fatores vão elevar a inadimplência e, nesse cenário, os bancos cobram juros para compensar essa perda”.
Nesse ambiente, os governos tendem a sofrer com a queda de arrecadação. Em entrevista a Marcelo Mattos, o economista Roberto Troster avalia que os juros altos são consequência dos calotes gerados pela atual crise: “A inadimplência está batendo recordes no Brasil. Temos 59 milhões de CPFs com contas em atraso e 4 milhões de empresas com anotações no Serasa por atraso de dívidas”.
No momento de crise econômica, o setor empresarial se depara com aumentos nas linhas de crédito para capital de giro. Para pessoas físicas, houve alta em todas as linhas pesquisadas: comércio, rotativo, empréstimo, veículos, cheque especial e financeiras.
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