InCor comemora marca de mil transplantes e diz que há condição para mais
Elias Manoel da Silva, professor universitário, aos 53 anos, comemora nova oportunidade de viver. Diagnosticado no ano passado com uma grave dilatação no coração, descobriu que apenas um transplante salvaria sua vida.
Ele é o milésimo paciente a receber um transplante no Instituto do Coração do Hospital das Clínicas da USP, o InCor.
Hoje, o professor Elias, além de ministrar aulas de História, é capaz de reescrever sua própria história. “É uma questão de escolha. Doar órgãos, além de salvar vidas é salvar histórias. A história de quem foi e de quem permanece”, disse.
Roberto Kalil Filho, presidente do conselho diretor do Incor, afirmou que os números são positivos, mas poderiam ser melhores se houvesse mais doadores.
Outro ponto levantado pelo cardiologista é o incremento na logística dos órgãos, com o uso de helicópteros da Polícia e a liberação de avião da FAB, feita recentemente pelo presidente interino Michel Temer: “depois do decreto, o primeiro paciente a receber um coração foi aqui do InCor. O receptor estava no InCor”.
David Uip, secretário de Estado da Saúde disse que há toda condição e aparelhagem necessária para fazer mais transplantes, mas é necessário mais doadores. “Nós estamos aumentando as bases. todos os hospitais do Estado estão capacitados para identificar e preservar o doador e notificar. Estamos trabalhando fortemente isso”.
Desde 1985 e até 30 de junho, foram realizados no Incor 1.080 procedimentos, sendo 564 transplantes de coração em adultos, 230 em crianças e 286 transplantes de pulmão.
*Informações do repórter Fernando Martins
Comentários
Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.