Indústrias precisarão fazer empréstimos para pagar o 13º salário

  • Por Jovem Pan
  • 10/11/2015 12h52
DIVULGAÇÃO Indústria 2

 Uma sondagem da Fiesp revela que 35% das indústrias paulistas devem pedir dinheiro emprestado para pagar o 13º salário. É o maior percentual do setor desde 2009, quando o Brasil sofria os efeitos da crise internacional.

O diretor do Departamento de Economia da Fiesp, Paulo Francini, adianta que muitos vão recorrer ao sistema financeiro e poucos serão atendidos. Ele diz que muitas indústrias estão sem dinheiro no caixa e sem crédito nos bancos: “Os bancos também estão temerosos, então vão ter empresas que não vão ter dinheiro para pagar o 13º e algumas vão ter que parcelar”.

O Vice-presidente da Associação Nacional de Executivos Financeiros, Miguel Ribeiro de Oliveira, concorda que os bancos estão mais cuidadosos. Ele acrescenta que o dinheiro estará mais curto e mais caro devido à política de juros altos do Governo: “O custo desses empréstimos vai ser mais alto, vão encontrar uma resistência maior dos bancos e uma maior seletividade para emprestar. Os bancos vêm restringindo crédito e, naturalmente, em um ambiente de queda da atividade econômica e maior endividamento das empresas, os bancos serão muito seletivos no crédito”.

A sondagem da Fiesp diz que pequenas, médias e grandes indústrias devem utilizar recursos emprestados para cobrir 81,3% da folha. É o patamar mais alto dos últimos seis anos e um reflexo da queda de atividade que derrubou as vendas e faturamento das empresas.

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