Investimento de renda fixa é a melhor opção para atual cenário econômico
Com a decisão do Banco Central de manter a Selic em 14,25% ao ano, fundos de renda fixa ganham da poupança na maioria dos cenários desenhados. A caderneta, opção mais conservadora, vem sofrendo saques recordes, justamente, pelo baixo rendimento. No mês passado, a poupança registrou saída líquida de 5,2 bilhões de reais, o pior resultado para setembro desde 1995.
O vice-presidente da ANEFAC, Miguel Ribeiro de Oliveira, afirma que os fundos de renda fixa pós-fixados são a melhor opção: “A melhor alternativa em um momento de muita turbulência é ficar em um pós-fixado. Se estivéssemos em um momento em que olhássemos para frente e a situação fosse de normalidade, nós iríamos sugerir um pré-fixado, porque assim dá para garantir para o futuro uma taxa de hoje, já que as taxas tendem a cair. Mas acontece o contrário, nós olhamos para frente e vemos uma série de incertezas que podem fazer com que as taxas continuem subindo. Então a melhor alternativa é ficar no pós-fixado”.
Nos últimos meses, a compra de dólar se tornou uma das opções preferidas das pessoas que conseguiram economizar. O administrador de investimentos Fábio Colombo alerta que, apostar na moeda americana agora, não é um bom negócio: “Hoje, quem quiser comprar dólar como investimento corre um risco muito alto, porque ele já subiu bastante. Então a probabilidade é de que em médio prazo a pessoa acabe perdendo dinheiro”.
Neste momento, os especialistas recomendam aplicações, como CDB, LCI, LCA e Tesouro Direto, com baixa ou nenhuma taxa de administração. Já a Bolsa é a opção para quem pode deixar o dinheiro aplicado por mais tempo, até que a economia passe a atual fase de turbulência e indefinição.
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