Janot é elogiado por membros do CNMP

  • Por Jovem Pan
  • 15/06/2016 09h24
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Marcelo Camargo/Agência Brasil Rodrigo Janot

O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, foi elogiado durante uma sessão do Conselho Nacional do Ministério Público, realizada nesta terça-feira (14), onde defendeu caráter equânime em investigações.

Após críticas pelo suposto vazamento do pedido de prisão de líderes do PMDB, Rodrigo Janot, diz que não é fácil conduzir a Operação Lava-Jato.

Durante a sessão, o conselheiro Orlando Rochadel Moreira afirmou que o povo também está ao lado de Janot: “O povo está percebendo o que está acontecendo e está apoiando. As pessoas manifestam isso em todo os lugares, no ambiente de trabalho, em casa, a secretária de casa quando sabe que a gente trabalha no CNMP. Diga a ele que fique firme, que fique com cabelo branco, para não desistir, porque precisamos disso”.

O conselheiro Walter de Agra, que é o representante da OAB na entidade, foi mais além: “Se hoje temos o Brasil em um caminho diferente, mais acertado, devemos não apenas ao presidente do CNMP, não só ao procurador-geral da República, mas ao cidadão Rodrigo Janot”.

O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, foi elogiado por outros integrantes do colegiado e depois agradeceu: “Confesso que em determinados momentos não é fácil e agradeço ao colegiado”. Janot afirmou que os últimos acontecimentos têm feito com que ele viva entre o céu e o inferno: “Nesse momento de turbilhão que a gente vive, a vida, de acordo com o desencadear dos fatos, é um verdadeiro carrossel. Você vai do céu ao inferno em 24 horas. Você não agrada ninguém porque a atividade de investigação é sempre descobrir, e como a gente tem que investigar profissionalmente, a investigação profissional não tem cor, não tem ideologia, não tem lado”.

Rodrigo Janot garantiu que todos devem ter investigados sob a mesma lei: “Deus me livre do local em que o investigador possa escolher previamente a pessoa que quer investigar. Isso não é democracia, não é estado de direito. As investigações nos levam para um ou outro caminho. Temos que ser retos enquanto atividade de Ministério Público, independentemente de quem deva ser, com todo respeito às garantias constitucionais, investigado, e republicanamente receber o mesmo tratamento ao mesmo fato, à mesma lei”.

No dia 10 de junho, Rodrigo Janot negou que a Procuradoria-Geral da República tenha sido a responsável por vazar a informação do pedido de prisão de líderes do PMDB enviado ao Supremo Tribunal Federal. O ministro do STF, Teori Zavascki, negou o pedido feito pela PGR contra o presidente do Senado, Renan Calheiros, o senador Romero Jucá e o ex-presidente José Sarney.

Confira a reportagem de Anderson Costa:

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