100 dias no governo de SP: Doria investe em ações de projeção nacional e internacional

  • Por Jovem Pan
  • 10/04/2019 07h24 - Atualizado em 10/04/2019 08h46
Aloisio Mauricio/Estadão Conteúdo O cuidado em imprimir essa marca a seu governo acompanha a construção da imagem como político

Nos 100 primeiros dias de gestão, o governador de São Paulo, João Doria, escolheu investir em ações de projeção nacional, com destaque para áreas de segurança pública e economia. O cuidado em imprimir essa marca a seu governo acompanha a construção da imagem como político.

O governador participou do programa 3 em 1 da Jovem Pan no começo deste mês. Na entrevista, Doria fez um balanço de sua administração durante os primeiros 100 dias. ASSISTA AQUI.

De início, Doria já sinalizou a intenção de ser protagonista brasileiro no cenário internacional. Nos primeiros meses de governo esteve no Fórum Econômico Mundial de Davos e abriu o um escritório comercial em Xangai, para negociações bilaterais entre São Paulo e China.

Na tentativa de se projetar nacionalmente, Doria também recebeu visitas de integrantes do executivo federal, como o vice-presidente da República, Hamilton Mourão, e líderes do legislativo brasileiro, como o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, e do Senado, Davi Alcolumbre.

Para o cientista político e professor do Mackenzie, Rodrigo Prando, o olhar de Doria para o cenário nacional pode deixar a desejar na relação do governador com o próprio Estado.

Na largada, o governador de São Paulo também endureceu o discurso de combate ao crime, realizando uma megaoperação que retirou do Estado 22 lideranças do Primeiro Comando do Capital.

Outra operação que chamou atenção ocorreu em Guararema, quando 11 criminosos acabaram mortos por policias militares, que foram homenageados pelo governador.

Nos três primeiros meses de gestão, Doria também priorizou o cumprimento de promessas eleitorais ligadas a segurança, como o lançamento de novas delegacias da mulher 24 horas e novos Batalhões Especiais da Polícia Militar no Estado.

Também em alinhamento com a agenda federal, Doria vem defendendo fortemente a aprovação da reforma da Previdência e avançou em programas de desestatizações e propostas de concessões, conforme prometido na sua posse.

O governador já levou a Assembleia Legislativa pelo menos três projetos de lei que autorizam fusões de estatais e concessões de aparelhos do Estado, como o Ginásio do Ibirapuera, Zoológico de São Paulo e o Jardim Botânico.

Para o líder do governo na Casa, deputado Carlão Pignatari, o governo não terá dificuldade em aprovar os projetos.

Apesar dos avanços na área econômica, o governo sofreu duras críticas após contingenciar gastos da Secretaria de Cultura. A medida comprometeria uma série de programas da pasta. Depois de protestos, João Doria voltou atrás e anunciou que nenhum serviço cultural no Estado sofreria cortes.

Doria atribuiu o congelamento de gastos a uma herança orçamentária do ex-governador Márcio França.

O vice-governador e secretário de governo, Rodrigo Garcia, acrescentou que a diminuição do Estado é parte da tentativa de reparar o buraco nas contas.

Doria avançou em duas, das sete promessas de campanha na área da educação, com o lançamento de um novo programa de ensino técnico profissionalizante e a entrega de duas unidades de creche escola. O Estado ainda espera progressos na prometida reforma do ensino médio paulista, com um currículo mais flexibilizado, além da alteração no sistema de avaliação dos alunos.

O governador também inaugurou duas novas unidades básicas de saúde e trouxe para a rede estadual o programa corujão da Saúde. No entanto, promessas como novos hospitais regionais e um prontuário eletrônico para consultas ainda não tiveram avanços.

Durante a campanha, Doria prometeu expandir linhas de metrô e melhorar o padrão dos trens da CPTM. Por enquanto, a estação Campo Belo, na linha 5-Lilás do Metrô foi inaugurada, além da ampliação do Expresso Leste-Mogi. No entanto, obras nas linhas 17-Ouro e 15-Prata do monotrilho permanecem paralisadas.

O governador de São Paulo prometeu retomar todas as obras de estações e linhas do Metrô com concessões à iniciativa privada.

*Informações da repórter Victoria Abel

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