2ª fase da Operação Impostura visa desarticular falsários que se passavam por delegados federais

  • Por Jovem Pan
  • 04/10/2017 07h28 - Atualizado em 04/10/2017 11h04
Arquivo/Marcelo Camargo/ABr Arquivo/Marcelo Camargo/ABr A ação foi conjunta entre Polícia Federal e Ministério Público Federal, culminando no cumprimento de um mandado de condução coercitiva e um de busca e apreensão

Segunda fase da Operação Impostura, que busca desarticular quadrilha de falsários que se apresentam como delegados da Polícia Federal, foi deflagrada nesta terça-feira (03).

A ação foi conjunta entre Polícia Federal e Ministério Público Federal, culminando no cumprimento de um mandado de condução coercitiva e um de busca e apreensão.

O delegado federal Tiago Borelli Thomaz detalhou a operação que teve início em 2015: “2015 houve a Operação impostora em que uma pessoa se passava por auditora da Receita Federal e com isso pedia dinheiro de empresários a fim de obter patrocínio em revista e coisa do tipo”.

Na primeira fase da investigação, já havia comprovação do recebimento de vantagens indevidas por pessoas que se passavam por auditores da Receita Federal.

Esses falsários obtinham patrocínios de empresários para suposta publicação de revista ligada ao órgão.

Alguns empresários, vítimas do golpe, confirmaram ter recebido diversas e insistentes ligações telefônicas de um suposto delegado federal para que contribuíssem com a revista denominada “O Federal em Atividade”.

Além das ligações telefônicas, os criminosos encaminhavam e-mail com solicitação de contribuições diretamente aos empresários, que seriam valores a título de participação em projetos e patrocínio em anúncios.

O delegado Tiago Borelli Thomaz lembrou que o principal articulador do esquema, à época, foi preso, processado e condenado a 8 anos de prisão, mas isso não inibiu a ação do grupo: “outra pessoa continuou vinculada a essa de 2015, fazendo o mesmo esquema”.

Segundo o delegado, os investigados tiveram todos os bens bloqueados e responderão pelos crimes de estelionato, falsa identidade e uso indevido de sinal público.

Hélio Bitencourt, Humberto Lacerda, Alberto Cury e Guilherme Araújo Hoffmann são alguns dos pseudônimos usados pelos criminosos.

A fraude rendeu ao grupo mais de R$ 1 milhão em contribuições para as falsas revistas.

*Informações do repórter Fernando Martins

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