48% dos britânicos querem renúncia de Theresa May, aponta pequisa

  • Por Ulisses Neto/Jovem Pan
  • 14/08/2017 09h42 - Atualizado em 14/08/2017 09h45
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WOL001. London (United Kingdom), 04/06/2017.- British Prime Minister Theresa May delivers a statement on the previous night's terrorist incident, at Downing Street, in London, Britain, 04 June 2017. At least seven members of the public were killed and dozens injured after three attackers on late 03 June plowed a van into pedestrians and later randomly stabbed people on London Bridge and nearby Borough Market. The three attackers wearing fake suicide vests were shot dead by police who is treating the attack as a 'terrorist incident.' (Londres, Atentado, Terrorista) EFE/EPA/WILL OLIVER EFE/EPA/WILL OLIVER May ainda não se recuperou da eleição de dois meses atrás que terminou muito mal para o partido dela

A primeira-ministra do Reino Unido, Theresa May, volta nesta segunda-feira (14) ao trabalho depois do recesso de verão tendo que lutar por sua sobrevivência política. Não são poucos os pedidos pela queda da chefe de governo britânica que, em tese, ainda teria cinco anos de mandato pela frente.

Mas no sistema parlamentarista é assim: se o líder, ou no caso a líder, perde sustentação política ele pode ser despachado a qualquer momento.

May ainda não se recuperou da eleição de dois meses atrás que terminou muito mal para o partido dela.

A condução do processo do Brexit também é questionada diariamente com indícios de que as tratativas não estão indo bem para o lado dos britânicos. Tanto é que os otimistas falam em um processo de transição no divórcio europeu que pode durar quatro anos.  Os pessimistas reconhecem que ele pode simplesmente não ocorrer nunca.

Tudo isso vai minando o capital político de May que segue em frangalhos. Até a popularidade dela minguou. Uma pesquisa do jornal “The Independent” divulgada nesta segunda-feira mostra que somente 29% dos britânicos querem que a primeira-ministra fique no poder até a próxima eleição marcada para 2022.

48% querem que ela renuncie, o que provavelmente levaria a novas eleições no Reino Unido, pela terceira vez em apenas dois anos.

Um dos problemas de May, que é tradicional no parlamentarismo britânico, é o fogo amigo que ela enfrenta. Outros integrantes do partido conservador, de olho na cadeira de primeiro-ministro, a pressionam para que uma data de renúncia seja anunciada. Já a oposição acha que o melhor é derrubá-la agora e realizar novas eleições em setembro.

O fato é que o Reino Unido não sabe o que é estabilidade política desde 2015 quando o referendo europeu foi realizado. E nada indica que essa ilha terá dias tranquilos num futuro próximo.

Pelo menos os britânicos têm uma democracia bastante consolidada e estão mais que acostumados com os solavancos do parlamentarismo. Caso contrário a bagunça generalizada já estaria instalada.

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