66% dos moradores de comunidades “pacificadas” no RJ creem que projeto de UPPs faliu

  • Por Jovem Pan
  • 23/08/2017 06h19 - Atualizado em 23/08/2017 11h38
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Fernando Frazão/Agência Brasil Mas quase 60% defendem a permanência da ocupação policial em suas comunidades.

Às vésperas do aniversário de dez anos, as UPPs no Rio de Janeiro estão em xeque e, de acordo com pesquisa da Universidade Cândido Mendes junto com moradores de comunidades, em tese, pacificadas, 66% acham que o projeto faliu, mas quase 60% defendem a permanência da ocupação policial em suas comunidades.

O estudo, batizado de Última Chamada – Visões e Expectativas de Moradores de Favelas Ocupadas pela Polícia Militar na Cidade do Rio, mostra esse contraste.

São 38 Unidades de Polícia Pacificadoras com cerca de dez mil homens no Rio de Janeiro. A maioria delas fica na capital e muitos dos agentes reclamam das condições de trabalho, a falta de armamentos e até mesmo limite de tiros em operações.

82% acreditam que há muito o que melhorar no projeto, 85% entendem que as UPPs seriam melhor sucedidas se tivessem projetos para os jovens. Além disso, 82% dos moradores das favelas cobram presença da Polícia e também do Estado.

A coordenadora do levantamento, a professora Sílvia Ramos, entende que, apesar das críticas, a UPP é uma boa ideia que precisa de aperfeiçoamentos: “uma polícia de proximidade é aquela onde o policial conhece os moradores e os moradores conhecem os policiais. Quando isso acontece, você reduz os procedimentos típicos de polícia”.

Dos quase 36% que querem o fim das UPPs, a maioria mora em comunidades da zona oeste da capital e dizem também que já tiveram suas casas revistadas sem autorização da Justiça.

*Informações do repórter Rodrigo Viga

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