8º Congresso Nacional das Mulheres do Agronegócio reúne 3 mil participantes em SP

Evento discute como dobrar produção com sustentabilidade

  • Por Jovem Pan
  • 26/10/2023 11h45
Reprodução/Jovem Pan News 8º Congresso Nacional das Mulheres do Agronegócio 8º Congresso Nacional das Mulheres do Agronegócio acontece em São Paulo

O 8º Congresso Nacional das Mulheres do Agronegócio, que acontece até esta quinta-feira, 26, em São Paulo, reúne mais de 3 mil participantes para discutir a questão da sustentabilidade na produção agrícola. Quase 30 anos atrás, a produtora rural Roseli Casari e o marido decidiram mudar de ramo. Foi no Mato Grosso, ao visitar um familiar, que resolveram migrar para o agronegócio. A produção, que começou pequena, hoje já conta com 15 mil hectares divididos entre soja, milho e gado. “Sinto uma satisfação e um orgulho muito grande. Começamos só com a terra e hoje nós temos um patrimônio que me deixa muito feliz”, comentou em entrevista à Jovem Pan News. Roseli faz parte das mulheres que vem ganhando espaço no agronegócio. O trabalho no campo é puxado, mas é no apoio mútuo que as mulheres se consolidam no setor. Natália Carvalho, diretora de licenciamento da Bayer, ressalta a importância do apoio de grandes empresas. “Quando começamos a abordar o tema ‘mulheres no agro’ entendemos que existia uma potencialidade muito grande. A mulher tem um olhar voltado para a questão de sustentabilidade. Até porque ela também tem um olhar voltado para as pessoas como um todo”, afirmou.

Neste ano, o tema do Congresso Nacional das Mulheres do Agronegócio é como alavancar o agro com sustentabilidade. O assunto tem sido debatido amplamente tanto por especialistas quanto por produtores nos dois dias de evento. A presidente da Embrapa, Silvia Massruhá, é a primeira mulher a assumir o cargo da empresa de pesquisa. Ela reforça o destaque do protagonismo feminino. Para ela, o setor tem adotado medidas sustentáveis significativas e que precisam ser divulgadas. “As mulheres saíram da invisibilidade. Hoje, o perfil de cada uma já traz a questão social”, explicou. A diretora da Esalq, Taís Vieira, também tem visto jovens cada vez mais empenhadas no setor. “É um sinal dos tempos. A gente vem evoluindo. As alunas na Esalq já são maioria. Inclusive, nas premiações as mulheres já ocupam todos os espaços”, completou.

*Com informações da repórter Camila Yunes.

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