92% dos brasileiros temem pela segurança dos dados no ambiente digital
Redes sociais foram consideradas os ambientes menos confiáveis; 73% dos entrevistados informaram já ter sofrido algum tipo de ameaça pela internet
Com a pandemia do coronavírus, a utilização de serviços digitais foi alavancada. Com isso, aumentaram os golpes, fraudes e ataques cibernéticos contra pessoas e empresas. Uma pesquisa realizada pelo Datafolha revelou que, apesar de 92% dos brasileiros saberem que as instituições com as quais interagem guardam algum tipo de informação sobre seus hábitos de consumo e lazer, eles temem pela segurança de seus dados no ambiente digital. Em uma escala de 1 a 10 — em que 10 é muito seguro — 5,1 foi a média constatada em relação ao quanto os entrevistados consideram que suas informações estão seguras na internet. O especialista em Tecnologia da Informação e Segurança Digital Aloísio Corrêa indica que é preciso ficar atento e tomar cuidado nas interações.
“Você certamente não frequenta lugares que sabe que são perigosos, você não entra em restaurante que tem dúvida sobre a conservação de alimentos. No mundo digital é a mesma coisa. Você acessa um site para fazer uma compra. Se você vê um produto que sabe que custa R$ 100 e estão oferecem a R$ 20, você tem que desconfiar.” As redes sociais foram consideradas os ambientes menos confiáveis — enquanto hospitais, clínicas de exames médicos, escolas e faculdades são as instituições em que os pesquisados mais confiam. O levantamento ouviu 1.517 pessoas com idade igual ou superior a 16 anos. A pesquisa revelou ainda que o medo de ataques cibernéticos é alto: 73% dos entrevistados informaram já ter sofrido algum tipo de ameaça digital, como recebimento mensagens falsas de empresas e senhas roubadas.
Mais de 80% disseram que evitam clicar em links suspeitos, enquanto 75% tentam escapar da utilização de redes públicas de wi-fi. Já 64% possuem senhas diferentes para cada conta ou aplicativo. Aloísio Correia dá algumas dicas para se prevenir. “As informações estão ali. Informação de cartão, de senha. Hoje é tanta senha que as pessoas anotam no celular. Se ela perde o celular, entregou de mão beijada. O que está fragilizada é essa questão do consumidor. Para não querer ter trabalho, anota tudo no celular ou tira foto do cartão de crédito. E aí facilita para quem quer cometer o ilícito.” Ele aconselha também a trocar as senhas frequentemente. O sistema bancário é considerado dos mais seguros.
*Com informações do repórter Daniel Lian
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