A menos de três meses da eleição, “vaquinhas” de pré-candidatos não decolam como esperado
Vaquinhas virtuais para candidatos não decolam e, a menos de três meses da eleição, a arrecadação dos presidenciáveis ainda é baixa.
O campeão de doações é Lula, que, mesmo na cadeia, já recebeu R$ 381 mil de apoiadores. Mas o valor é considerado insignificante e representa apenas 0,1% do que foi recolhido na campanha de Dilma Rousseff, em 2014.
Depois do ex-presidente, na lista de arrecadação, aparece o candidato do Partido Novo, o empresário João Amoêdo, com R$ 265 mil.
Na terceira posição, com uma distância considerável, vem o ex-ministro Ciro Gomes, do PDT, que tem R$ 44 mil.
Para o advogado especialista em Direito Eleitoral, Alberto Rollo, a explicação para o fracasso das vaquinhas está na revolta do eleitor com os políticos.
O sistema “crowdfunding” – que, no Brasil, ganhou o nome popular de vaquinha – será usado pela primeira vez no país nesta eleição.
Segundo Bernardo Cubric, CEO do Democratize, uma das plataformas virtuais de arrecadação, o eleitor ainda está se familiarizando com o novo modelo.
As vaquinhas virtuais podem funcionar como alternativa para o financiamento das campanhas, diante da proibição das doações de empresas para candidatos.
O especialista em tecnologia André Miceli, consultor da Jovem Pan, explicou que os candidatos de posições extremas se beneficiam do novo formato.
As vaquinhas virtuais foram liberadas pelo Tribunal Superior Eleitoral há dois meses, no dia 15 de maio.
O dinheiro recolhido até agora está retido e só será repassado aos políticos quando fizerem o registro de candidatura no TSE, a partir de agosto. Caso isso não aconteça, o valor será devolvido para os doadores.
Até agora, mais de 40 plataformas estão cadastradas para intermediar as contribuições.
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