Ação de bastidores garante maioria na CCJ a favor de Temer

  • Por Jovem Pan
  • 13/07/2017 06h38 - Atualizado em 13/07/2017 10h10
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BRA101. BRASILIA (BRASIL), 26/06/2017.- El presidente de Brasil, Michel Temer, participa hoy, lunes 26 de junio de 2017, en una Ceremonia de Sanción de la Ley que regula la Diferenciación de Precio, en el Palacio de Planalto, en la ciudad de Brasilia (Brasil). Temer, que entre hoy y mañana puede ser denunciado formalmente por supuesta corrupción, participó en un acto con empresarios, se mostró sereno y afirmó que "nada" lo "destruirá". EFE/Joédson Alves EFE/Joédson Alves O PMDB decidiu se reunir e punir quem votar pela abertura do processo

A ação de bastidores garante maioria na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara para evitar a abertura de processo contra Temer no Supremo Tribunal Federal. Trocas de integrantes chegaram ao patrulhamento. Até os que não estavam bem certos, que não mereciam confiança do Governo, foram trocados, por via das dúvidas.

Os partidos definiram também, que posições terão de ser tomadas em conjunto. O PMDB decidiu se reunir e punir quem votar pela abertura do processo. Fechou questão, assim como o PR, PP e PSD. Os deputados desses partidos, se votarem pela abertura, serão punidos ou expulsos.

Os governistas mais próximos de Temer – o PSDB, PPS e DEM – liberaram os seus deputados.

A previsão é que o debate, que entrou pela madrugada na CCJ, seja encerrado nesta quinta e concluído na fase de comissão, ficando pronto para votação, nesta sexta, no plenário da Câmara.

O desafio dos governistas agora é conseguir um quórum de 342 votos em plenário para iniciar o processo de votação.

O deputado Glauber Braga, líder do PSOL, considerou que o quórum é um ponto fundamental: “342 votos são os votos necessários para que Temer venha a ser afastado. O que a gente precisa é de um quórum de pelo menos 500 deputados presentes”.

O líder do PT, deputado Carlos Zaratini, denunciou as negociações de Michel Temer, com a liberação de verbas, nomeações e trocas na CCJ: “é uma negociação que a cada dia envolve mais deputados com oferecimento de verbas e cargos. A nossa posição é de votar, mas queremos votação com debate, por isso queremos votação no início de agosto”.

Os deputados, no entanto, dizem que a tendência é de veto quanto a abertura de processo contra Michel Temer. A fala do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, de que “enquanto houver bambu, haverá flecha”, acabou atingindo os parlamentares. Segundo aliados, muitos falam da disputa entre poderes, o que aumentou o apoio ao presidente na Câmara.

*Informações do repórter José Maria Trindade

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