Ações da Petrobras despencam mais de 14% em apenas um ano

Agência Brasil Greve dos caminhoneiros fez Petrobras perder 126 bilhões em valor de mercado

Ações da Petrobras despencam mais de 14% e puxam maior queda da bolsa de São Paulo em um ano. Na última segunda-feira (29), o Ibovespa caiu 4,48%, para 75.355 pontos, na maior desvalorização diária desde 18 de maio do ano passado. Enquanto isso, o dólar fechou em alta de 1,72%, cotado a R$ 3,72.

Ao analisar a situação da Petrobras, o economista Adeodato Volpi Neto explica o que causa toda essa desvalorização recente. “São quedas muito agudas que refletem a insegurança no controlador. Ou seja, o Planalto, o comando da presidência da República e quem é que pode assumir e quem tem a caneta para determinar os rumos dessas companhias”, destacou o economista.

Para Volpi Neto essa crise pode detonar com o modelo que vem ajudando a estatal a se reerguer nesses últimos dois anos.

De acordo com o economista Álvaro Bandeira, a crise expõe as fragilidades do governo, o que também podem ameaçar as contas públicas. “O governo mais fraco permite essas coisas. Tem um projeto de paralisação dos petroleiros e outras categorias mais organizadas podem pressionar. O governo mais apertado pode ter que afrouxar mais ainda e os mercados refletem isso também”, disse Bandeira.

A greve inverteu a situação do Ibovespa no ano: antes havia uma alta de quase 9%, que mudou para queda de 1,37%.

Desde o início dessa crise, a Petrobras já perdeu R$ 126 bilhões em valor de mercado, e hoje é apenas a quarta empresa mais valiosa do País.

*Com informações de Denise Campos de Toledo