Acordos podem ‘regredir’ se candidato de Kirchner vencer, diz porta-voz brasileiro

  • Por Jovem Pan
  • 14/08/2019 06h45
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Wilson Dias/Agência Brasil Ex-porta-voz da Presidência da República, Otávio do Rêgo Barros Barros falou sobre riscos para Mercosul-UE e também para relação entre Brasil e Argentina

O governo brasileiro não esconde a preocupação com a possível troca de gestão na Argentina. A avaliação de que uma possível vitória da chapa de Alberto Fernandez, que tem como vice a ex-presidente Cristina Kirchner, pode atrapalhar as relações não só entre Brasil e Argentina, como também as negociações do acordo de livre comércio entre Mercosul e União Europeia (UE) está ganhando cada vez mais força.

O porta-voz da Presidência da República, Otávio Rêgo Barros, explicou que o Brasil defende a abertura dos mercados, ao contrário da oposição argentina, e lembra que o país vizinho é um importante parceiro comercial. “Há sempre uma possibilidade de que governos que não estejam alinhados com esse pensamento do livre comércio possam regredir naquilo que já foi firmado. Nós não podemos definir isto como aceitável e viável, no entanto, em face de que não temos o resultado definido das eleições”, disse.

O candidato argentino Fernandez acusou o presidente Jair Bolsonaro (PSL) de ser “racista, misógino e violento”. O presidente brasileiro. por sua vez. afirma que a Argentina caminha “para ser uma nova Venezuela” e ressalta que  os mercados estão nervosos exatamente por conta da possibilidade de um retrocesso em toda região.

Apesar disso, Bolsonaro garantiu que não tem a intenção de romper os laços comerciais com os argentinos, mas alerta que o próprio candidato já sinalizou com a possibilidade de rever o Mercosul, o que, segundo ele, aponta para uma relação que deverá ser conflituosa no futuro.

*Com informações da repórter Luciana Verdolin 

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