Acusada de corrupção e lavagem de dinheiro, Gleisi Hoffmann critica PF e Judiciário
Um dia após ser acusada de dois crimes, a senadora e presidente do PT, Gleisi Hoffmann, criticou a Polícia Federal e o Judiciário.
Segundo relatório divulgado na última segunda-feira pela PF, ela cometeu corrupção passiva e lavagem de dinheiro nas eleições de 2014.
A Polícia Federal apontou indícios de que ela teria recebido propina da Odebrecht disfarçada de doação eleitoral. Foram, no total, oito pagamentos de R$ 500 mil quando concorria ao governo do Paraná naquele ano.
Ainda de acordo com o relatório, os repasses foram feitos a um sócio de uma empresa que prestou serviços de marketing à petista.
Gleisi Hoffmann fez críticas à postura da PF e se disse previamente condenada: “ao soltar o release e falar taxativamente que eu pratiquei determinados crimes, já me acusaram e já me condenaram. É muito ruim essa prática e ela tem sido persistente com a Polícia Federal”.
A senadora se defendeu das acusações. Ela alegou nunca ter se reunido com representantes da Odebrecht para pedir dinheiro de campanha: “em todo o processo não tem nenhuma fala minha com nenhum ser ligado a Odebrecht”.
Gleisi Hoffmann, que vem criticando o juiz Sérgio Moro pela condenação do ex-presidente Lula, repetiu a tese que ela e o partido sofrem perseguição.
O marido de Gleisi, o ex-ministro Paulo Bernardo, é outro envolvido no processo. A Polícia Federal afirma que ele cometeu os mesmos crimes que ela. A presidente do PT ainda é ré em outro caso no Supremo, acusada de receber um R$ 1 milhão desviado da Petrobras.
*Informações do repórter Levy Guimarães
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