Adesão a programa de escolas cívico-militares não compromete autonomia de SP, diz secretário
O governo de São Paulo ainda aguarda a aprovação do Ministério da Educação (MEC) para aderir ao programa de escolas cívico-militares criado pelo governo do presidente Jair Bolsonaro (PSL). A gestão João Doria (PDB) manifestou interesse na iniciativa na semana passada, após o MEC esclarecer questionamentos feitos pelo secretário da Educação do Estado, Rossieli Soares.
O secretário participou de evento com o ministro da Educação, Abraham Weintraub, nesta segunda-feira (7) e, após o encontro, afirmou que recebeu garantias de que o modelo pedagógico desenvolvido por São Paulo e a autonomia do estado serão mantidos.
“O modelo pedagógico, essa era uma das coisas que tínhamos de entender, nós temos um currículo, nós temos a base nacional que precisa nos nortear, nós não abrimos mão de ser o nosso professor dando aula, nossa equipe pedagógica com planejamento… Essa clareza também nos foi dada dentro do modelo de gestão”, disse.
Ele disse que também havia insegurança com relação ao direcionamento de recursos. “São dois modelos: se o militar for das Forças Armadas, o recurso vai para as Forças Armadas, se a secretaria trabalhar com a Polícia Militar na parceria, o recurso virá para a Secretaria da Educação“, explicou.
Segundo Soares, algumas escolas e prefeituras já demonstraram interesse no programa, mas a seleção das unidades vai depender das regras do projeto. Apesar de ter sido lançado pelo governo Bolsonaro, ainda não foi publicada portaria com o detalhamento do programa
Enquanto não adere formalmente ao modelo federal de ensino cívico-militar, São Paulo já começa a adotar algo parecido: O programa Escola Mais Segura prevê a presença de policiais militares da reserva nas escolas para o planejamento de segurança.
*Com informações da repórter Victoria Abel
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