Adriano Pires nega mágoa e diz que críticas pela indicação à Petrobras ‘eram para atacar Bolsonaro’

Diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura foi cotado recentemente para assumir a presidência da estatal, mas desistiu do cargo: ‘Não teve nada que me desagradou’

  • Por Jovem Pan
  • 01/05/2022 08h54 - Atualizado em 01/05/2022 08h55
Reprodução/Jovem Pan adriano pires Adriano Pires avaliou as críticas à sua indicação ao comando da estatal

O economista Adriano Pires Rodrigues, recentemente cotado para assumir a presidência da Petrobras, defende a política de estabilização do preço dos combustíveis para que o Brasil não seja “refém do câmbio”. Em entrevista exclusiva à Jovem Pan, ele lembrou a volatilidade do mercado, influenciado pela guerra na Ucrânia, a baixa do dólar em razão das commodities agrícolas e, no curto prazo, a nova alta da moeda norte-americano pelo lockdown na China, o que justifica uma política para estabilização dos preços. “O governo não deveria ficar refém desses dois aspectos: preço de petróleo e câmbio, que são duas variáveis que ninguém controla. Por isso, defendo que o meio do caminho é não controlar o preço da Petrobras, porém criar uma política pública por um fundo que permita que o efeito guerra não impacte no bolso do brasileiro”, afirmou.

Também diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura, Adriano Pires avaliou as críticas à sua indicação ao comando da estatal. Para ele, as falas visavam o presidente Bolsonaro. “Não teve nada que me desagradou, talvez algumas mentiras que falaram sobre mim, mas acho que faz parte. Talvez foram mais para atacar o presidente Bolsonaro do que o Adriano. Agora, foi um convite honroso para mim. Trabalho há mais de 30 anos no setor de energia. Então só tenho que agradecer ao ministro Bento, ao presidente Bolsonaro pelo convite. […] Quando me colocaram e eu precisava vender a empresa há 20 anos com tanto esforço, aí pensei bem e falei: ‘olha, para vender essa empresa que me deu tanto trabalho para construir, também tenho funcionários que trabalham comigo há 20 anos’. Preferi abrir mão da Petrobras porque seria um egoísmo da minha parte não olhar para a empresa que construí e para as pessoas que trabalham comigo há tantos anos. Foi isso que aconteceu, não teve mágoa ou chateação. Isso faz parte”, mencionou.

*Com informações do repórter Marcelo Mattos

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