Adversário de Macri propõe programa aos moldes do ‘Fome Zero’ na Argentina

  • Por Jovem Pan
  • 08/10/2019 06h58 - Atualizado em 08/10/2019 10h55
EFE Alberto Fernandéz argentina O candidato mencionou os dados divulgados pela Universidade Católica da Argentina na semana passada para embasar o novo plano

O candidato kirchnerista à presidência da Argentina, Alberto Fernández, anunciou, nesta segunda-feira (7), o plano Argentina Sem Fome, inspirado no programa brasileiro Fome Zero, do ex-presidente Lula.

O programa prevê a distribuição de um Cartão de Alimentação para a população de baixa renda que permite a compra de produtos subsidiados pelo Governo.

O Argentina Sem Fome também estabelece uma regulação maior nos preços dos alimentos da cesta básica e a ampliação do programa Preços Cuidados, que congela o preço de vários itens.

O candidato mencionou os dados divulgados pela Universidade Católica da Argentina na semana passada para embasar o novo plano. Eles indicam que mais de 35% da população se encontra em situação de pobreza no país e quase 8%, em situação de indigência.

Para Fernández, é uma vergonha que a Argentina produza comida suficiente para 400 milhões de pessoas e não consiga alimentar 15 milhões de argentinos.

Fernández é o favorito para vencer o pleito, tendo conseguido uma larga vantagem sobre o atual presidente Maurício Macri nas primárias, em agosto, com 15 pontos percentuais a mais. Neste fim de semana, pesquisas divulgaram que o kirchnerista pode vencer a eleição ainda no primeiro turno.

O atual presidente Maurício Macri foi obrigado a cortar parte dos gastos com assistencialismo para atender as demandas do Fundo Monetário Internacional (FMI).

Caso o candidato seja eleito, herdará uma Argentina em recessão econômica. A expectativa para 2020 é que o PIB encolha 1,5%.

Admirador de Lula

Alberto Fernández é um admirador declarado de Lula, já visitou o ex-presidente em Curitiba e costuma repetir o bordão “Lula Livre”.

Durante a gestão de Cristina Kirchner, a atual candidata a vice na chapa de Fernández, o Governo se inspirou no Bolsa Família brasileiro, para criar a Atribuição Universal por Filho.

*Com informações do repórter Renan Porto

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