Aécio Neves procura Temer e FHC em campanha por Eduardo Leite
O deputado federal, que defende o nome do ex-governador ao Planalto, afirma que os ex-presidentes concordam que a unidade da terceira via é essencial para o surgimento de uma candidatura competitiva
Enquanto o ex-governador João Doria tenta manter sua candidatura à presidência da República pelo Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB), os inimigos políticos dele dentro da legenda continuam se articulando. Um deles é o deputado federal Aécio Neves, que se reuniu com Fernando Henrique Cardoso e Michel Temer. Em nota, o tucano afirmou que ambos ex-presidentes concordam que a unidade da terceira via é essencial para o surgimento de uma candidatura competitiva nas próximas eleições presidenciais. No geral, o deputado tem defendido a candidatura de Leite, considerado o nome com as “melhores condições de liderar o centro democrático”. Por isso, promete tirar João Doria da disputa. Atualmente, o PSDB faz parte da convergência política e tenta junto com outros partidos, como Cidadania, MDB e União Brasil, se unir em uma chapa única para a disputa presencial.
Ao mesmo tempo, Eduardo Leite também continua se movimentando. Dessa vez, o ex-governador resolveu se encontrar Paulinho da Força, presidente nacional do Solidariedade, “para unir forças nas eleições de 2022”. Paulinho foi vaiado na semana passada em ato com o ex-presidente Lula e também Geraldo Alckmin. Nas redes sociais, Leite destacou que as conversas foram sobre o Brasil e disse que são necessárias construções de convergências na agenda política do país. Mas o que chama atenção do encontro é que Eduardo Leite divulgou uma foto em que ele aparece somente ao lado do presidente do Solidariedade. No entanto, quem também participou do encontro foi Aécio Neves, o que causou um desconforto para o ex-governador.
João Doria é o candidato do PSDB à presidência da República após vencer as prévias tucanas, no fim de 2021. Mas Eduardo Leite não admite a derrota e tenta viabilizar a sua candidatura buscando consenso com outros partidos. Dentro da legenda tucana, o ex-governador do Rio Grande do Sul também recebe o apoio do presidente nacional do partido, Bruno Araújo, que tenta rifar Doria. O ex-governador de São Paulo, no entanto, já afirmou que não abre mão da sua candidatura. Atualmente, o deputado federal Carlos Sampaio tenta amenizar a crise entre Araújo e Doria. Ele vem mantendo um diálogo com figuras importantes da legenda. As divergências, disputas e acordos políticos também avançam em outros partidos. No MDB, a senadora Simone Tebet, também pré-candidata ao Planalto, vê seu nome sendo rifado por líderes mais antigos da sigla, que abriram conversas com o Partido dos Trabalhadores (PT). O entendimento é que Tebet não tem força e projeção nacional para a disputa. No entanto, a senadora disse que não aceita ser vice de ninguém, o que pode causar uma divisão no partido, semelhante ao que aconteceu com o PSDB desde o início das prévias.
*Com informações do repórter Maicon Mendes
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