Afif relembra disputa na eleição presidencial de 89 e dispara: “extremamente manipulada”
Candidato à Presidência pelo PL, em 1989, Guilherme Afif Domingos ia bem durante a campanha, mas viu na reta final Lula e Fernando Collor protagonizarem o segundo turno. Mais tarde, a vitória do nome do então PRN, em chapa pura com Itamar Franco, confirmaria aquele que ocuparia a cadeira do Palácio do Planalto.
Em entrevista exclusiva ao Jornal da Manhã, o presidente licenciado do Sebrae, hoje filiado ao PSD, chamou de “extremamente manipuladas” as eleições daquele ano.
“Tivemos eleições extremamente manipuladas. Aquela eleição quando explodi, eu explodi roubando voto do Collor. Mas naquele instante outros interesses por trás, me viam como independente demais então era melhor fazer alguns compromissos que não aceitei fazer.
Tinha um dono de TV que tinha grandes interesses”, disse sem mencionar o nome de Silvio Santos, que na época teve sua candidatura indeferida.
Após a derrota nas eleições presidenciais de 89, Afif voltou ao palco eleitoral na disputa pelo Senado em 1990,mas foi derrotado por Eduardo Suplicy e ficou em terceiro lugar.
Deixou o PL em 90 e ingressou no PFL e, mais tarde, em 2006, voltou a disputar o Senado. Enquanto isso, ressaltou, manteve seu ativismo em prol de das pequenas e médias empresas.
Racha com Alckmin
Eleito vice-governador de Alckmin em 2010, Afif foi nomeado ainda secretário de desenvolvimento e foi demitido pouco tempo depois após uma conversa com Gilberto Kassab.
“Quando houve racha do DEM, Kassab que ia criar o PSD, me pediu para ir com ele. O Geraldo, ao tomar conhecimento disso me demitiu, me pôs pra fora. Então fiquei fora, quietinho no meu canto. Depois me chamaram para PPP e percebi que ele não gostava. Ele falava que PPP é Pagão, Pelé e Pepe. Então o que aconteceu? Fiquei jogado no campo e surgiu oportunidade”, disse sobre o convite de Dilma para que ele fizesse parte de sua equipe ministerial.
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