Afif vê vitória na “Lei do Queijo” e ressalta importância dos pequenos produtores
Um dos principais defensores do fomento ao pequeno produtor, o pré-candidato à presidência da República pelo PSD e presidente licenciado do Sebare, Guilherme Afif Domingos criticou a forma de concessão de crédito de longo prazo no Brasil, uma vez que a maior parcela está concentrada apenas nos grandes produtores.
“O pequeno não vê nem a cor e 84% não têm acesso ao sistema de crédito. Aqui no Brasil você tem o grande em regime de reserva de mercado, que acaba sendo absolutamente apoiado pelo governo para poder eliminar concorrentes”, criticou.
Na visão de Afif, a criação da substituição da política tributária foi feita para “ferrar” o pequeno e criou-se um desequilíbrio no processo da concorrência. “Quero o grande em regime de mercado, já que ele vem para competir. No campo não existem só grandes corporações. A agricultura familiar é muito forte e não é coisa de assistencialismo”, disse.
O presidente licenciado do Sebrae revelou aos microfones da Jovem Pan, que o governo Temer sancionou a lei que regulamenta a comercialização de produtos de origem animal em todo o território nacional sem a obrigatoriedade do Selo de Inspeção Federal (SIF), que será usado apenas para exportações.
A decisão foi motivada após o episódio envolvendo a chef Roberta Sudbrack, que teve 160 kg de produtos artesanais, entre eles queijos e linguiças, apreendidos durante o Rock In Rio 2017. Na época, a Vigilância Sanitária do Rio de Janeiro alegou que as mercadorias estavam sem o selo do SIF e não poderiam ser comercializadas no estado.
“Entramos de sola nisso. Ontem falei com o presidente Temer sobre um boato de que ele vetaria a pedido do Ministério da Agricultura, mas ele não vetou e sancionou a lei. Acabou a história e o queijo é estadual”, disse Afif.
“Na França, o queijo é produto de exportação. E esse pessoal do Brasil está ganhando prêmio lá fora, mas não pode vender. Sou a favor do pequeno, mas não estou contra o grande”, reafirmou.
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